Esqueci meu destino

ei, pensei em escrever um pouco...

depois de muito tempo parado...

acho que sequei a veia do meu contrato...

sigo por um caminho então oco...

há luzes no final dele e alguém que me estende uma foice

irei até ele custe minha perna ou meu braço

darei meu sangue pra seguir por um nada, pois meu peito já se foi

diluido ele se gaba de ser retirado a força e de um modo meio voraz

custo a contar uma historia para alguém, olho nos olhos, porem não digo o que sinto

é incompreensivel o que sinto e o que almejo, não vejo, não enxergo, não colho os laços que deixei

parece que me solidifiquei, parece q deixei algo importante de lado

entretanto meu peito não sente muita diferença

sei que algo já está sem luz e que foi semeado com uma lágrima ao lado

um regador eu dei de presente àquela que chorou no enterro do mesmo

não me recordo do que plantei, não me recordo do que semeei,

não me recordo de quem fui, de quem sou, de quem serei

alguém a quem tanto almejei e não nem nunca seguirei

um sentimento que sempre senti, eu deixei...

agora corro por um deserto em repouso

deixo meu canto pros urubus

vou em direção aos abutres

almoçar a carne dos feridos

esqueci assim o meu destino

irei até o sol junto a Ícaro, farei as asas voarem, farei a lua brilhar por si própria

farei com que o maldito se purifique, farei com que o pão vire vinho, farei o céu vermelho

serei um Deus no meu mundo, terei um pensamento ilude de mim sendo alguém q ñ sou

porém... sinto que nada mais serei, além das sombras que fui e que agora não me recordo

irei até as nuvens por esse pensamento inútil que vejo colidir contra mim

algo que me leva até um puro doce amargamente salgado, me firo com o sangue que escorre de seu coração

você é brilhante, sua mente odeia maldade, seu coração odeia ignorância, sinto a sina

entretanto sigo os abutres que tanto nunca almejei, um caminho um tanto torto

indireito a corrente que interfere em meus pés para com a areia insana do deserto...

não me recordo do que plantei, não me recordo do que semeei,

não me recordo de quem fui, de quem sou, de quem serei

alguém a quem tanto almejei e não nem nunca seguirei

um sentimento que sempre senti, eu deixei...

agora corro por um deserto em repouso

deixo meu canto pros urubus

vou em direção aos abutres

almoçar a carne dos feridos

esqueci assim o meu destino

irei seguir por esse buraco que engloba esse hemisfério oeste, não tenho luz para com o leste

o mundo a qual destinei os meus sonhos e sentimentos se foram com meus pensamentos

aliás, tenho no meu peito, um buraco vazio que nada mais contém, algo perfurado nunca fora destinado

li os dez mandamentos, não os entendo, não os sinto, minha pérola perdeu a cor, a neve passou a existir

no vazio do sol ofuscante de meu pobre e enterrado coração, lágrimas foram deixadas para trás

não mais as derramarei, você não mais me verá sangrar pelos meus olhos, te mirarei até a última flecha errar

te darei o mais perfeito vermelho, te darei a mais perfeita luz azul, o mais lindo arco-iris

todos eles serão falsos, todos serão feitos por estas mãos sem cor, sem luz, sem brilho

as mãos que retiraram o proprio coração e choraram sobre ele, diante de um Deus que me apontou a foice e a mão

as escolhas foram feitas, serei seu coveiro, decapitarei seu pior e melhor sentimento

farei de você o melhor dos mais lindos eventos, trarei a tona o seu mais insano pensamento

pois eu sou aquele que tem a tristeza em seu peito, um vazio que ecoa,

mas te darei o mais belo sorriso e o mais belo gesto de gratidão por você ter me dado seu coração

te darei a mais cruel ferida que alguém alucinado pode imaginar,

retirando de ti, o mais podre e pobre sentimento, te dando uma vez mais para usar o pensamento

eu sou aquele que se matou, matou a seu próprio coração, tendo somente a razão,

sou quem assassinou, sou quem amou, sou quem odiou, sou quem esqueceu seu tempo, eu sou o coveiro

Gust
Enviado por Gust em 07/06/2011
Código do texto: T3019687
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