REFLEXÃO DE SABADO DOIS

Ate a Pessoa que amamos erra e se amamos a perdoamos, ajudamos-a a reparar o erro.

Estou capenga como um lobo desdentado e faminto, excluso da matilha. Outrora caçador perseguidor de presas, lutador, macho alfa, agora vivendo da carniça deixada pelo bando.

Todos uivam e banqueteiam pela noite, as presas estão ali sob o olhar faminto dos jovens, eu estou ali faminto de fome de viver. Talvez, apenas talvez num talvez eu tenha sido parte da matilha, mas fui criado muito humanizado num mundo onde humano é apenas um rotulo, um conceito perdido.

Queria compreender você, mas nem compreendo como surgiram minhas feridas e por que elas doem tanto sob a minha pele. Queria fazê-la feliz numa corrida na pradaria sentindo a neve cair sob o meu pelo, mas como fazer isso se nasci num “país tropical abençoado por Deus”?

Volto para a minha toca, solitário e triste, apenas minhas feridas antigas sangram apenas você e suas prioridades básicas me fazem ainda viver. Quero você livre e solto, caçando ao meu lado, não como humano teórico, mas como lobo em raça em sentimento.

Mando em meu uivo um SMS desesperado talvez ainda a vitima não tenha sido feita. Talvez ainda haja esperança.

Amanha quem sabe. Adeus

André Zanarella 23-04-2011