Os Ponteiros

Tem dia que só passar para as horas não basta – toda a vagarosidade de uma empanzinada barata.

Tem dia que o sádico arrastar dos ponteiros ri – você acha que apenas são dez e quinze.

Pobre vítima da puerilidade do relógio...

Depois dá onze e onze e o portal se abre, porém, continua tão intransponível quanto o domo dá má sorte.

E novamente são as três da manhã Dudaibertianas: sem sono e sem sexo.

E quando finalmente se resvala ao sono, acorda-se dentro de um pesadelo kafkiano - mais 24 horas de borrifadas do inseticida denominado Vida.

15/04/2011 – 08h30m

Rafael P Abreu
Enviado por Rafael P Abreu em 15/04/2011
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