reavaliação.

estou num processo de mudança.

toda mudança nos remete a esforço, por vezes exaustão e mesmo a dor.

como um bom capricorniano que sou, por muito tempo cristalizei muitas idéias e pensamentos.

e agora, é chegada a hora de decompô-los, de desfazê-los.

meu ser pede mais leveza. e esta se dará através de uma boa faxina mesmo.

e estou a jogar muita coisa fora. estou, ainda que com muita dificuldade, tentando me desapegar de coisas que já não fazem mais sentido e que por anos a fio (ainda que de forma inconsciente) nutri dentro de minha alma.

como podemos ser tão cruéis conosco mesmo, carregando coisas à exaustão.

como podemos concentrar tantos valores endurecidos e embolorados.

como podemos absorver muita coisa alheia pra gente e considerarmos verdades absolutas. leis quase imutáveis.

acho que estou aprendendo a rever os olhares. e mais do que isto, estou aprendendo que apesar da importância do outro, assim como é muito interessante avaliar o olhar externo sobre mim, e isto acredito ser valioso a todos nós, tenho em mente que a validação parte de pessoas que no mesmo processo que vivo, tem histórias diferentes, com outras informações, outras realidades, outras formas de leitura

e que por si só, às vezes difere e ainda não consegue distinguir com clareza as minhas mensagens.

evidentemente que isto ocorre na via oposta. eu também não consigo compreender determinadas ações e expressões alheias.

mas isto me remete ao uso da sabedoria. a sabedoria em primeira instância pede compreensão, pede humildade.

com estes instrumentos, é possível abrir a mente e o coração para se tentar uma leitura do que nos chega de forma mais pura possível. tentando com isso deflagar o entendimento mais isento sobre os fatos, pela própria origem deles.

esse processo de leitura e releitura ocorre sobre tudo, assim como sobre mim mesmo. ocorre esta análise por momentos simultaneamente, por outros de forma isolada.

mas o importante é que está a mostrar como é preciso acompanhar o dinamismo da vida. como novas circunstâncias, novos elementos pedem a revisão interna sempre e sempre.

não somos seres estáticos, assim como nossos olhares não são absolutos sobre as coisas e também nossas considerações.

há de ter espaço para a troca, para a reavaliação das idéias.

por muito tempo, estive ligado a velhos valores, velhas lembranças, velhos fardos. estes alojados em meu interior não me permitiram alçar o vôo libertador.

embora verdadeiramente buscasse um novo alvorecer, estava ligado às antigas auroras.

acredito que isto possa ter atravancado muita coisa mesmo. aliás penso que foi algo determinante em meu histórico de vida.

e se escrevo isto neste momento, é que desejo dividir isso, para quem se interessar por esta leitura.

o tempo de nos fazermos renovar é este. este é o mais propício momento.

nas vésperas de uma nova era, nas vésperas de uma nova consciência humana, onde pede-se espaço à diversidade das coisas, onde acredita-se no maior intercâmbio de informações, fica muito difícil lidarmos com tudo isto, com esta avalanche de novas possibilidades, mantendo idéias ferrenhas e cristalizadas. se faz necessário rejuvenescer os padrões mentais (em outras palavras, arejar os pensamentos e idéias com bons fluídos).

as experiências que tenho passado nestes últimos anos, me mostra como há ainda muito embate, devido esta conduta humana de não abrir mão de tanta velharia emocional e mental.

digo que não está nada fácil trabalhar com a mudança do padrão mental, ainda mais, porque toda a emoção vivida sempre me foi muito especial.

mas as emoções são manifestações de um momento específico. são reações a estímulos, baseados no que temos em nosso arquivo emocional, embalados por nossos sentimentos.

cabe então através observando as emoções que expressamos e empregando a sensibilidade, procurar identificar o elemento gerador de tais manifestações.

cabe tentar buscar quais sentimentos que estão a nutrí-lo e motivá-lo.

este será um mecanismo muito eficaz para medir a febre interna e nos conhecermos um pouco mais a fundo.

me conhecer mais é que procuro neste momento. ainda mais que nosso tempo passa muito rápido (e tenho ainda tanto a fazer e este tanto a fazer, quero que seja feita da minha melhor maneira).

pretendo fazer tudo o que compete com o melhor que puder despender.

aos poucos, em cada passo, observando cada situação, ainda que caindo e falhando, ainda que não sabendo utilizar a emoção apropriada, vou analisando minha caminha neste momento, pé ante pé.

sei que no final, quando for caminhar entre as estrelas, neste novo por vir, com certeza terei agregado novos valores, novos símbolos, novas formas de me manifestar, com sentimentos e emoções renovadas e quiçá mais nobres.

um novo momento mais pleno e feliz.

o mesmo espero para ti que ler este meu pensamento.

abraço e luz sempre.

paulo jo santo

01/04/2011 - 03h42

Paulo Jo Santo
Enviado por Paulo Jo Santo em 01/04/2011
Reeditado em 01/04/2011
Código do texto: T2882805
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