destoante.

eu penso que minha maneira de ver o mundo está muito destoante do que é de fato.

isto não está muito fácil de lidar.

tenho me pegado pensando em tantas coisas. histórias que estão sendo resgatadas de meus escombros mentais e outras zonas internas minhas. algumas que acontecem agora. tem acontecimentos que se repetem, tem elementos novos, tem também muitas coisas inusitadas. tudo muito amplificado.

sei que a vida é assim mesmo, um movimento circular, onde vamos tentando suplantar esses obstáculos. essa é minha esperança.

mas como você já viu por diversas vezes, lágrimas caem por si. e não consigo detê-las.

e junto com elas parece que se desprendem pedacinhos de mim...

e estou sempre a me recompor, buscando novas matérias para solidificar o edifício todo.

não quero vê-lo ruir.

e perco o foco. e me perco todo. e pareço perder tudo.

que tudo é este?

presunção minha?

conversando com as pessoas e em especial com as que amo, vejo como a minha relação com o meio, está cada vez mais precária. estou me afetando muito com a minha forma de interpretar as circunstâncias.

e a vida é tão simples. tenho que mudar o prisma de meu olhar.

gostaria de não me abalar tanto, gostaria de ser mais indiferente.

mas a indiferença tem um ar de descaso. e sinto no descaso algo tão triste para nutrirmos em nós.

não consigo de forma nenhuma ver as labaredas subir no picadeiro e ficar ausente. não consigo simplesmente ficar a olhar ou dar as costas e deixar que cada um se salve como puder. deixar tudo a mercê de cada sorte e do fogo consumidor.

agir assim me causa ozerija.

mas por outro lado, tenho que saber que cada um tem que aprender seus meios e que nem sempre estou usando manto de amianto.

tenho que ter em mente também que nem sempre terei os recursos corretos para ser um socorrista amador. posso ser mais um a me perder e consumir em labaredas a quais não estou prevenido para enfrentar.

tudo tem um valor pra mim. tudo é muito especial. não é possível que consideremos essa chance de estarmos interagindo como algo banal.

não sei me fazer desta forma.

mas minha fé em DEUS e nos seus propósitos. meu amor no CRIADOR, na minha família. o mesmo amor nas pessoas como você, me serve de referência.

será que sou uma pessoa muito fraca para este mundo?

me pergunto diversas vezes.

onde será que erro em meus pensamentos e sentimentos?

aonde estou fora do contexto?

sei lá!

será que estou sendo muito prepotente na verdade? diante de tantos acontecimentos dispostos a minha frente?

os sentimentos que nutro me parecem tão concretos e pertinentes...

as emoções parecem vir de um plano tão sublimado e de forma apropriada a cada estímulo.

acho que deve ser sempre assim. com cada um de nós.

mas acredito estar seguindo o que deve ser realmente feito.

procuro no meu agir, pensar em mim e na melhor forma que eu devo ser. pensando nos outros também, na procura de trocas de luz.

esta é minha forma, não consigo arranjar outra, substituí-la.

mas não está nada fácil. pensando nisto de forma mais racional, não é nada fácil para todos nós, sermos o que procuramos ser.

apesar que acredito que uma gama enorme de pessoas já venceram de longe esse estágio. esse dilema...

espero que gotas de orvalho, tragam a paz benfazeja e me mostrem a doçura do sol e a beleza céu azul que está para formar no dia que amanhecerá.

daí eu aprenderei a me apazigüar.

paulo jo santo

31/03/2011 - 06h59

Paulo Jo Santo
Enviado por Paulo Jo Santo em 31/03/2011
Reeditado em 31/03/2011
Código do texto: T2880944
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