O Mar da Brutalidade

Sentado sobre o tronco cortado de uma àrvore, contemplo as flores coloridas que quase foram esmagadas pela insensatêz dos homens. Sentado sobre esse mesmo tronco, percebo que mesmo próximas de tamanha violência contra uma irmã, elas ainda assim preservam as sua cores vivas e harmônicas. Preocupado, aspiro o ar e constato que nele ainda prevalece o cheiro das flores da recém-chegada primavera. Tudo permanece intacto, apesar da evidente violência.

Pois bem, meus caros, o que quero dizer com essa descrição é que mesmo tão próximas do fruto da brutalidade humana as flores ainda preservam as suas virtudes. Ao contrário do comportamento humano que na maioria das vezes se deixa contaminar pelo ambiente circundante e em vêz de enfrentá-lo, resigna-se e muda de lado. Ah... como é dificil ao homem preservar-se na sua integridade quando esta cercado por tanta sujeira...

Portanto, enfrentemos o profundo Mar da Brutalidade.

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Fábio Pacheco
Enviado por Fábio Pacheco em 12/10/2006
Reeditado em 12/10/2006
Código do texto: T262706