Corra, Diane corra!!!

Não me sinto bem,

A tristeza me parte

E o que vem,

Eu deixo a parte

tento ignorar esse choro,

o vazio me corroi,

não sei o porquê estou assim,

acho que foi por isso que saí desvairada pelas ruas,

tentando achar ...,

queria ouvir Ele,

meus passos saracoteando por aqui e por ali,

me sinto desgarrada,

tem uma sensação ruim em mim que insiste em me dizer que vou passar pela vida sozinha,

Tenho medo do passado, medo do porvir,

ainda vejo fantasmas,

ainda quero gritar e voar nas asas do vento para um mundo que eu sinta ou não sinta nada.

Por mais que eu tente e me esforce é como se uma nuvem negra pairace sobre minha cabeça,

tenho medo de azarar a unica coisa que eu realmente queria que desse certo.

e aí... não terei mais nada, nada pelo que lutar,

nada pelo que viver, tem sido bem dificil passar os dias sem você,

fica um buraco aki dentro do estomago,

levaram uma parte de mim... me sinto mal.

Construimos castelos de sonhos com nossas mãos,

desejei e orei, fui atras de coisas que jamais pensei ir antes,

e acabamos por ver nosso castelo indo embora pela onda do mar,

sinceramente tenho medo de começar tudo de novo.

Quanto o que vivo me pergunto todos os dias se vai dar certo, e se tenho meu lugar,

Eu me sinto acido, não sou boa nem pra mim mesma. Estou carregada e vazia ao mesmo tempo,

necessidade insana de qualquer coisa dEle, um toque, uma palavra, uma direção, um alivio,

acho que é a forma mais egoista de querer Deus por isso chamei de insana...

sinto falta de dançar,

mas estou correndo demais,

correndo parada,

correndo sem pernas,

correndo atolada,

correndo dos toxicos que os seres humanos espalham com seus sorrios hipocritas,

olhares falsos, mãos mesquinhas.

A vida tem me ensinado a dançar,

Deus tem me dado um ritmo bem complexo, tento ser melhor a cada dia,

mas nunca consigo alcançar e concluir nada, sou a mesma que a 10 anos atras,

com fragmentos desconexos de mudanças não mudadas não superadas não vividas corretamente...

ainda com o mesmo olhar inocente, mas com o coração esburacado e está tudo tão gelado aqui dentro,

nem o caminho do perdão consigo encontrar por aqui, as vezes me sinto o pior dos seres humanos, por acreditar nos contos de fadas, por temer as bruxas, por sentir frio e querer desesperadamente por calor,

pela ironia, de ainda querer continuar acreditando em milagre,

Sou um milagre?

Corra, corra parada, sua cota esgotou.

O céu é algo tão distante,

o inferno parece estar tão proximo,

como no andar das pessoas que passam por você na rua,

a maldade tão latente pulsando para as veias,

até sangue do meu sangue não cansa de saborear a maldade,

e eu vou indo, tentando carregar uma parte do céu nos passos por essas ruas, tentanto encontar outro pedaço de céu onde só há inferno e nada mais.

Hoje saí querendo encontra-lo,

sem perceber que Ele está bem mais no meu quarto, do que onde O procurei.

E eu só queria por um dia matar o "poeta" que há em mim, que me faz escrever, queria dormir e esquecer tudo,

queria uma tecla "delete" em mim.

Diane Gardim
Enviado por Diane Gardim em 13/11/2010
Reeditado em 14/11/2010
Código do texto: T2614023
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