procura

vazios que não são meus;

mas que incorporam o meu silêncio;

travam comigo,

a batalha insãna,

que tem se tornado a vida.

Espíritos abatidos

pelo chão do quarto;

a fechadura resecada,

e o chão empoeirado.

Há fotos tristes guardadas

pelas prateleiras vazias

da estante,

que preenchem a parede da porta,

mas que não conseguem,

diminuir o vazio,

deste poema que é só.

Tento procurar pelos meus desertos.

em que parte eu escrevi a felicidade?!...

Depois de um tempo,

estático, em frente ao teclado negro,

tento voltar a escrever, este poema sem graça.

Há sonhos, que se dividem,

entre o sofá da sala

e a porta do quarto entreaberta;

personagens duma estória

que eu não sei terminar;

mas, que pouco a pouco,

terminam comigo...

(Edmilson Cunha)

Edmilson Cunha
Enviado por Edmilson Cunha em 11/07/2010
Código do texto: T2370737
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