Me fiz ventania e entrei em sua morada
Remexi teus papeis sob o leito desfeito
Derrubei teu copo de whisky sob as letras em vermelho
De repente se fizeram manchas como de sangue escorrendo...
 
Te encaro pelo teu espelho trincado e não me vês
Observo-te tentando vir ao meu encontro e recuas dois passos
Percebo teu coração explodindo quando te achas...
Quando te achas em meus parágrafos embriagados
O teu ser que seria meu futuro... Se indo em sangue...
Te perdi! Dê-me teu suor mais uma vez!?
 
Eu luto com as palavras e em seguida desisto
Busco-te fora de mim, pois dentro já não vives...
Tentei me apaixonar, mas senti falta da fumaça de teu cigarro;
Por favor tome seu tempo eu não tenho pressa alguma
Estais em tudo que eu sempre escrevo.
 
Minh’alma necessita de teu peso extra sob a minha
Minhas entranhas choram a saudade de teus beijos,
Estou confusa o bastante com a vida que vivo...
Drogas, rock in rol e orgias, Já não me atraem como ontem...
Hoje minhas letras solitárias são vomitadas sem gramáticas
Escritas para teus olhos suspirar e a ventania me arrepiar!...
 
Largaria a poesia para te amar,
Oferecer-me-ia como teu absinto mais notívago...
Amo o corpo que me negas por medo;
Dizes que ama uma alma que te sacia ao meio
Mas em tua solidão, procuras saber de meus desejos!
 
Por ti... Por ti menino trovão...
O fogo eterno que te queima,
E que dás o nome de eterno de “foguinho”.
 (teu apenas, somente teu!)

Quando tiveres coragem de ser feliz...
Largue tudo e me siga!