Morte do sonho

Vivi infinitas vezes o desconforto de mudanças.

Fiz rituais de passagem para evolução pessoal.

Mudei.

Ora de cidade, rumo, de escolhas pessoais, nem sempre acertadas.

Quando jovem sonhava sonhos nem sempre possíveis de serem realizados.

Hoje, madura, sinto-me responsável pelos meus sonhos.

Sou atenta aos meus pressentimentos, sempre, por que sinto que se baseiam em algo dentro de mim, das minhas vivências, muitas vezes não lembradas.

Nunca tento: faço.

A tentativa não existe, é impedimento.

Observo pessoas atribuindo às circunstâncias, aquilo que são.

Não acredito nas circunstâncias.

Procuramos as circunstâncias que precisamos e apenas isso.

Decidi não me calar diante do que sinto ou penso.

Se calo o que penso ou sinto ignoro meus sonhos.

E preciso sonhar.

Senão adoeço da alma.

E mato o que há de melhor em mim.