Seres DistintoS

O dia está quente

O onibus demora

O peso que o vazio tem

Os mesmos olhares sem vida

As mesmas banalidades corroendo os jovens

Não devo ser daqui

Não suporto televisão

Não, obrigada não quero nota fiscal paulista

Terminal Santana movimentado

sujo

angustiante

tedioso

Olho para o lado

e o sol refletido em teus olhos

me faz ver quão incrivel são suas cores

a vida da sua alma está pulando em sua retina

e me sinto tão bem

Logo me vem a beleza do seu sorriso

Então lembro o porquê vivo, o porquê te espero... O porquê te quero

caminhamos de mãos dadas

e todos sabem que pertencemos um ao outro

mas não sabem que não pertecemos à eles

não há eles... há só duas almas andando com as mãos entrelaçadas

em um mundo intocavel, um lugar que Deus só permite à alguns

beramos a loucura, sentimos o amargo da tristeza, e o doce da alegria...

e o tedio dessas vidas vazias que nos rodeiam

Corremos, gritamos, choramos... até nos encontrarmos e sentir que não estavamos sozinhos

nesse mundo de falsas ovelhas e muitos lobos

O sol ja não queima, estamos na grama, o planeta Terra pára pra ver qual a proxima bobagem que saí dos nossos lábios

Longas caminhadas por ruas desertas provocam surpresas...

Mais uma vez o onibus demora uma eternidade para passar e quando vem, está lotado

Com você o tempo passou tão rapido, saudades!

de volta a realidade sem você fisicamente aqui

Os mesmos olhares sem vida

As mesmas banalidades corroendo os jovens

Não devo ser daqui

Não suporto televisão

Não, obrigada não quero nota fiscal paulista

Diane Gardim
Enviado por Diane Gardim em 26/12/2009
Código do texto: T1995841