metafísica do silêncio
entre poema
e leitor interpõe-se
o absurdo do espaço,
quando a metafísica do silêncio
estende
a névoa incorpórea
da latitute do ser
diante do corpo sensível
e da logacidade metafórica do incompreensível,
e, na corporeidade do poema,
a forma corpórea do ouvinte
transcende
a linha espacial
do papel para o olho,
e adjunge alma e carne
na poeira antifísica
da música, da lira e da oração.
portanto tu
comigo
és um, e eu contigo sou
o mesmo ser presente e ausente que
por ali
passara mudo.