Pensares (fragmentos para reflexão)

O que pensar do proibido,

de tudo aquilo que queremos viver e não podemos!

De tudo que ficou em algum ponto do passado, fazendo do presente um mar de indecisões, sem perspectivas para o futuro?

Se podéssemos voltar no tempo, será que consertaríamos o que de ruim vivemos?

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Até quando o amor nos contagia,

a ponto de abandonarmos tudo em seu nome e depois voltarmos de cabeça baixa achando que foi tudo uma ilusão, vendo que o amor não era tudo e que tudo não era amor?

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Será que existe sempre uma segunda chance para quem sonha ser feliz um dia, mesmo sem poder se desprender dos elos do passado, mesmo sem poder se desfazer dos seus erros, mesmo sem poder acreditar no amor verdadeiro, este que nos vem a cada milhão de anos de vida?

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Será porque é tão difícil conhecer o nosso próprio ego, controlar os próprios desejos e impulsos, revidar os prazeres da vida, ser homem no verdadeiro sentido da palavra, unir vida e razão, ser perfeito em nossos atos e ações, viver o perdão a cada segundo, buscar o universo sem medo de contemplar a escuridão?

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Onde ousaríamos colocar as palavras de desafeto, as mágoas do coração, as mentiras declamadas, as blasfêmias que vez ou outra os nossos lábios pronunciaram e os momentos em que erramos não por não conhecermos a verdade, mas, por sermos teimosos e ignorantes?

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Onde colocaríamos os lamentos e as lastimas que as nossas faces revelaram em risos, depois de apedrejarmos nosso semelhante com gestos, palavras e ações, não dando oportunidades para este se desculpar ou se redimir dos seus atos?

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O que falar daqueles momentos em que alguém precisou da nossa ajuda, de uma palavra amiga, de um agasalho, de um abraço, de um aperto de mão, de um copo com água, de um olhar acompanhado por um sorriso, ou de apenas um gesto de cumprimento para sentir a sua presença no mundo... e nós, simplesmente passamos olhando apenas para a ponta do nosso nariz?

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O que dizer da frase “eu te amo”, quando ela não vem acompanhada por um beijo, ou quando o amor é força de expressão, buscando no desejo a realização de uma paquera, ou querendo apenas dar asas ao instinto, saborear os prazeres da carne como forma de viver o hoje, sem estratégias para o amanhã?

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Quanto pesa a responsabilidade de uma vida, quando teimamos em ser adulto, se a vontade é de sermos eternamente uma criança?

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Frente a esse mundo de mudanças e devaneios, quem realmente é infante: o homem que busca a candura e a inocência de uma criança ou a criança que naturalmente busca a essência de ser homem?

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Na verdade nem um adulto encontra a felicidade ignorando sua infância. É preciso ser homem com sonhos de menino.

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O que falar da juventude, desta fase que revela o êxtase da vida, como uma chuva de verão, que tão rápida chega e tão rápida se vai, deixando somente as memórias de um tempo de flores e serpentinas, de jardins e carnavais, ancorados nos portos da imaginação, bem de frente para o mar da nostalgia?