Hoje tua voz me calou
As marcas de caricias expostas
Em meus olhos cor de fel
Teu reflexo sobre mim
Parece não ter volta!
 
Não sei quem tu és...
Não sei o que tu queres...
Mesmo ao meu lado,
Vejo-te distante, calado!
 
Tento compreender os sinais
E mais confusa tu me faz;
Pois com tua boca no norte
E os dedos no Sul...
Roubas múltiplos tremores de mim!
 
Ladrão amado!
Deixaste um vazio silencioso
Levaste consigo meus sonhos
A carne já não treme nas manhãs
Pois já não tenho dedos...
 
Hoje não tenho voz...
Devolva-me algum dos sentidos
Ou mate de vez meus medos
Faça-me gritar, latejar pela ultima vez!
 
Recomeçaremos o encontro
Para nos achar ou perdermos
De vez!