(Ad)oração

Querido Querubim, por favor não leia esta carta. Não é pra você!

Querida Dália, minha flor.

Resolvi te escrever para resolver algo. Estou com um desejo enorme de arrancar-te um sorriso. Daqueles bobos. Quando vejo, ainda que seja através dos meus olhos fechados a imaginar, eu me iludo, sabe? Fico pensando que tu és louca por mim. Que bobo!

Então, estava cá pensando, se a primavera que começa hoje anda bem? Pergunto isso porque ela confunde as coisas. Pensa que é flor, é vinho. Parece sempre melhor. Parece sempre mais jovem. E até parece que é eterna.

De fato, o que bem sei é que és formosa e que sempre serás o que me enche os olhos. O que sempre foi perfeição aos meus castanhos escuros olhar. Pode ser por egoísmo meu? Tenho certeza. Digo isso pelo fato de olhar nos teus olhos e me enxergar. Não só por parecer, mas também por te querer.

Sabe, Dália! Você é a flor mais linda! Tenho adoração desde o caule, até o respirar. Até o largo sorriso que vi ao te amar. Meu sonho? Te ter no meu jardim! Acordar contigo, dormir, reproduzir. Novas flores, momentos e sentimentos. Sempre positivos, sempre apaixonados, sempre entrelaçados.

Como toda oração, posso terminar apelando pra que seja em nome de Jesus? Posso pedir que sempre tenha em seu caminho luz? Ou posso simplesmente dizer:

Viva a nova primavera! Que seja tão forte quanto o que sinto por você!

Roberto da Silva
Enviado por Roberto da Silva em 04/04/2024
Reeditado em 04/04/2024
Código do texto: T8034510
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