TREZENA DE SANTO ANTONIO - Quinta terça-feira 

Assim como o botãozinho é o princípio da flor , a humildade o é da virtude, costumava Santo Antonio dizer. E como foi ele heróico na prática da humildade, morrendo inteiramente a si mesmo, para que em tudo e sempre triunfasse a glória de Deus. Como era cuidadoso em esconder o espírito, o engenho de que nascera presenteado! Modesto, simples no falar, por muito tempo não descobriram no bom religioso aptidão para qualquer ofício do mosteiro. Foi necessário que o próprio Deus revelasse por meio de um prodígio os tesouros de doutrina e santidade que o Santo possuía.

ORAÇÃO:
Vossa excelsa humildade, ó meu grande Santo, é que me anima a recorrer a vós, confiado em que não me negareis uma graça. Para que minha súplica se torne agradável a Deus, conseguí para o meu coração profunda e sincera humildade.
A falta desta virtude tem causado toda minha ruína espiritual, as minhas quedas consecutivas. Impaciente, suscepitível e teimoso porque ainda não quis deixar o orgulho, o amor próprio. Para vencer este inimigo capital, confio em vós, meu Santo, espero vosso auxílio. E para não esmorecer na luta, alcançai-me a graça que fervorosamente vos rogo.

(Pai Nosso, Ave Maria e Glória)

EXEMPLO:
Uma senhora de Tolosa, com pressa de tomar o navio que devia levá-la a Seyne, esqueceu-se do guarda-chuva. Logo que se viu a bordo, a chuva torrencial que sobreveio, fê-la lembrar-se e prometeu a Santo Antonio cinco francos para o pão dos pobres se ele aparecesse. Eis que o guarda-chuva surge trazido por um mensageiro, que indaga quem o havia perdido. Satisfeitíssima não lhe ocorre mais agradecer ao Santo, argumentando  entre si: “No momento em que fiz a promessa não se podia afirmar que o guarda-chuva fora achado, e, por conseguinte , nada devo a Santo Antonio”. Não tinha terminado o sofisma e o precioso objeto, caindo-lhe das mãos, boiou por instantes e afundou-se no mar.