Crise existencial
Já não me bastam palavras.
Infrutífero germe que não me alivia as entranhas.
Busca incessante pelo âmago do viver
Que minha alma arfava.
Já não me bastam beijos na face.
Ledo engano, adulterado ato ambíguo.
Soa em mim, também falsa e incerta,
A paz que tanto buscava.
Hoje mendigo oração
Na ânsia de sorver mais uma gota
De qualquer ar que me proponha esperança
De voltar a sentir o gosto doce-amargo
Do bem conviver!