Entrei em tua morada, meu senhor!
Postei-me diante de teu corpo morto,
Com minh'alma cheia de dores
Donde lágrimas buscando teu perdão se fizerão!

Entrei em tua morada, meu senhor!
Com o peito cheio de rancor;
Trazendo n'alma desesperanças
E na tua gloria invadiu-me brisa de confiança!

Entrei em tua morada, minha senhora!
Com medo de encarar teus olhos de mãe
Com profundo ressentimento no coração
Eis! que tu como divina mãe celestial,
Acolheu-me na alegria!

Entrei em tua morada, minha mãezinha!
Aconcheguei-me em teu manto protetor
Adormeci em teus cantos de amor
E saí de tua morada, sendo muito mais filha
Do que quando com receio de não ser perdoada
Busquei tua casa como luz de minha estrada!