AVARIAS DO AMOR 2

- Ele já veio da fazenda?

- Chegou faz horas, se banhou e saiu.

- Para onde?

- Sei lá mãe, aquele troço diz alguma coisa.

- Repeite, ele é o seu pai.

- Antes não fosse.

Luciana abraça o filho e segue com ele para dentro, coloca o filho no banho e lava a louça que esta na pia, segue para o quarto onde encontra várias roupas limpas no chão e cama.

- Que diacho que deu nesse homem, só sabe fazer bagunça.

Ela arruma tudo ali e varre a casa, coloca a comida no fogo e ajuda o filho na lição de casa.

Antes do trevo de entrada, em um quarto de motel, Gomes se farta no corpo de Helena, a diretora e chefe de Luciana na escola.

- Vê se não me deixa marcas viu, o Ronam esta desconfiado.

- Você falou que tropeçou e caiu?

- Já disse, mais de pois de 3 vezes ai fica dificil né.

- Por que você é tão gostosa assim?

- Gostosa e cara amor, trouxe o dinheiro que te pedi?

O homem sai dali e senta na cadeira ao lado alisando seu cabelo.

- Porra, outro bezerro que eu vendo, deste jeito tá ficando mais caro que a outra lá.

- Vá se fuder, aquela tonta da sua mulher só serve pra santa mesmo, trabalhar e cuidar da casa e você sai por ai, ela te banca, ja eu não querido, quero tudo que mereço viu.

- Vai, pegue seu dinheiro, te vejo no sábado?

- Vou ver, tenho que ir para casa dos pais do Ronam.

- Larga dele, inferno.

- E fico só, por que você não pode largar a tonta?

- Por você, quem sabe.

- Gomes você é ótimo na cama, só pra isso meu caro, só isso.

- Acho melhor eu ir.

- Me deixa lá no posto?

- Pegue um táxi, muito perto de casa.

- Vai canalha. Beijos e caricias, Gomes netra na casa já jogando as botinas ao canto, abre a camisa e Luciana vem a ele.

- A janta esta pronta.

- O que fez?

- A sobra do almoço.

- De novo.

- Olha, por que deixou nosso filho sem banhar?

- Muleke fresco do caraí, só sabe tomar banho quente.

- Trouxe o dinheiro para a roupa deles?

- Trago na semana que semana que vem.

- O que foi Gomes, seu pai ainda não te deu o pagamento deste mês e nem do mês passado.

- Ele esta bravo com uma coisas dele, logo se acalma e ai ele resolve tudo.

- Com as putas dele sempre tem dinheiro.

- Não é problema nosso.

- Eu tenho é dó da sua mãe, mesmo ela não gostando de mim.

- Vou comer.

- Vá.

Ele passa por ela indo para a cozinha e ela sente o perfume feminino.

- Andou em meio as mulheres?

- O que disse?

- Nada, vai comer, por favor.

- Vou mesmo, tô maior cansado.

As lágrimas descem enquanto ela afago o filho que dorme no quarto, logo ouve o barulho da tv, Gomes ri ali na sala e ela faz uma prece em proteção ao sono do garoto.

- Acabou com a ceninha da mãe perfeita?

- Me deixa, Gomes, esta cansado de mim?

O homem olha ela ali, ele deita na cama e cobra pelo sexo de direito do casal.

- Não estou afim.

- O quê?

- Por favor, não quero te lembrar de tudo que já foi........

- Não vou insistir.

- Obrigada.

Ela deita ali do lado dele e logo adormece, amanhece e ela no automático sai do quarto, faz a higiene, coloca a água na cafeteira e vai ao banho, sai de roupão que ganhara de sua mãe que comprara em uma loja de departamento.

Já vestida para o trabalho ela recebe um beijo do filho que acompanha a mãe a escola ao passar no portão desta, um aluno, uma funcionária.

Já perto da hora do recreio ela aproveita para ouvir algumas frases do culto que seu pastor da igreja posta na net.

- Por favor.

- Sim dona Helena.

- Preciso que limpe o banheiro dos professores.

- Foi limpo logo cedo e........

- Alguém deixou um destes imundos.

- Estou indo.

Terminado a limpeza ela vai a sala de diretoria para pegar a chave do quartinho de limpeza e obter alguns produtos, Helena não esta ali e ela procura pela chave, na mesa toca o celular da diretora que esqueceu, ela olha e fica passada em choque, ali esta o número de seu marido.

- Gomes. Várias situações e confusões ali na mente, mais ela já passou do tempo das ilusões e inocências, ela sabe, ele tem um caso.

Sem qualquer ódio aparente ela desliga a chamada e pega a chave ali ao lado saindo da sala, no corredor encontra Helena.

- Pegou a chave?

- Sim, o seu celular tocou.

- Tocou?

- Sim. Ela segue para pegar seus produtos, Helena vai para a sala e ali ao mexer no celular, vê o número de Gomes.

- Desgraçado, já disse que não me ligasse, ah foda-se, quero que ela e ele se dane, isso sim.

Daniel já teve seus seis atendimentos que o deixara aos nervos.

- Vai almoçar comigo?

- Onde?

- No Espanhol, oras.

- Tudo bem, olhe Florice eu não vou pagar tudo dessa vez tá?

- Cruzes hein, eu sei, da outra vez foi descuido meu, não vai mais acontecer.

- Sei.

- Pra seu governo, tenho dinheiro e posso pagar para nós dois.

- Voltou a fazer aquilo?

- Por que, sabe que sei me virar e sempre que a coisa aperta corro pro que puder e vier viu. Risos.

- Sei, velhos oportunistas e sempre caridosos com seu corpo e sua língua neles.

- Viu e ainda por cima sou uma espécie de caridosa dos novos tempos, que fatura, lógico.

Na cantina, Luciana prepara o frango ensopado, arroz, feijão, couve e salada de pepino, tomates e cenoura.

- Nossa que cheiro bom.

- Oi Ronam, não te vi antes.

- Fui para a outra escola buscar os livros que fora trocados.

- Sabe, esse lugar fica muito sossegado sem suas piadas e risos.

- Obrigado. Luciana coloca os temperos e separa alguns legumes para guardar no refrigerador, nisso lembra-se de algo e vai pegar no alto de uma prateleira, sobe em uma cadeira e ao pegar o objeto ela resbala e quase cai sendo amparada por Ronam.

- Obrigado.

- Me desculpe ter pego em você assim.

- Vou terminar a merenda.

- Preciso te dizer algo.

- Só quero terminar a merenda.

- Eu gosto de você.

- Sou casada.

- Gosto de você e a desejo como minha mulher.

- O que foi Abner, você e fabuloso, é um ótimo colega de trabalho, só isso, entenda, só isso.

- Tá certo, vou sair.

- Tá.

O rapaz passa pela porta da cozinha e Luciana desaba na cadeira e pensa em tudo, no telefone da cadela da diretora que esta dando até o rabo a seu marido, o seu comedor de piranhas casadas.

- A diretora precisa de chá.

- Vou fazer, obrigado.

- Tudo bem. A moça sai e Luciana prepara o chá para Helena e em certo momento lhe vem a vontade de envevena-lo mais ela sabe bem das consequências deste ato grotesco.

Clarice sai do mercado com as sacolas para o preparo do almoço na casa onde trabalha a mais de 15 anos, ao dobrar a esquina vê do outro lado, Gomes a beber num bar com uma mulher, tipica daquele estabelecimento.

- Filho da puta, ali abeber e gastar tudo enquanto a mulher fica a trabalhar feito um burro para sustenta-lo.

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ricoafz
Enviado por ricoafz em 23/07/2022
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