MANDY - PROVA DE CORAGEM - PARTE 4

IV – PROVA DE CORAGEM

Mesmo sob protestos de Marco, Amanda o levou para casa, depois de levá-lo a uma farmácia para reparar os estragos em seu rosto. Não havia sido nada tão grave, mas Otávio havia deixado um belo recado para que ele não o provocasse.

Ao parar o carro diante da casa dele, ela falou:

- Não vou entrar, meu pai deve estar preocupado... Você está bem mesmo?

- Estou. Nem precisava ter me trazido até aqui.

- Seu olho vai ficar roxo, ela disse, com uma careta engraçada, tocando na maçã do rosto dele com cuidado.

- Adoro roxo. Você assistiu “Purple rain”?

- Não, eu tinha treze anos, morava com minha vó e ela detestava cinema.

- Um dia, a gente vê junto em fita. É um barato.

Amanda sorriu e colocou a mão em seu rosto.

- Não sei como você pode ficar ainda tão calmo e falar de filmes de cinema, depois de tudo isso. Nada te atinge?

- Não. Não enquanto eu tiver você do meu lado, já dizia o filósofo Robby Rosa.

- Quem?

- “If you’re not here by my side”, ele cantou, baixinho.

Ele riu, o quanto lhe permitia o rosto machucado.

- Ninguém... esquece, disse, beijando-a e sentindo a boca doer. – Ai!

- Castigo, está vendo? - ela disse, rindo.

- Você não ficou parada lá também. Esqueceu que foi você que começou a brigar com ele feito uma leoa. Se você tivesse feito caratê, eu nem teria precisado encostar no grandão... Obrigado por me defender... Não quer entrar mesmo?

- Não, meu pai está esperando por mim.

- Liga pra ele.

- A gente se vê, amanhã, na escola.

- Está com medo do Otávio, ainda?

- E você não está? Eu estou apavorada!

Ele balançou a cabeça, confirmando.

- Você venceu. Vou pensar no caso.

- Toma o analgésico que o farmacêutico te deu, direitinho. Não vá ficar com febre de novo, hoje. Coitada da dona Laila! Tem um filho tão rebelde...

- Não, acho que naquele dia foi porque eu reprimi o que estava com vontade de fazer com o Otávio. Hoje eu fiz. Valeu a pena. Pena que o pessoal nos separou...

- Não diz bobagem. Graças a Deus, eles estavam lá. Vai pra casa. Tchau, eu te amo.

Eles se beijaram novamente e Marco saiu do carro, que se afastou em seguida.

Marco estava ainda na calçada, quando Antônio saiu da casa e veio até ele.

- Quem era?

- A Amanda.

Quando ele se voltou para o pai, Antônio percebeu seu rosto machucado e o fez parar e olhar para ele de frente.

- O que foi isso, Marco?

- Isso foi o Otávio, pai, ele disse calmamente.

- Como assim? Vocês brigaram?

- Brigamos, no clube.

- Mas você já está todo costurado e ainda foi brigar com aquele idiota, de novo!?

Marco entrou em casa. Antônio foi atrás dele, perplexo.

- Eu não fui brigar, ele é que apareceu por lá. Não podia sair correndo dele. Ele quis brigar, a Amanda quis impedir, ele a empurrou e eu parti pra cima.

- Será que eu nunca mais vou te ver com a cara normal? Isso vai ser rotina, agora?

- Eu não queria brigar, pai. Ele provocou!

- Por causa dela. Essa garota já deu trabalho demais e não faz nem um mês que você a conhece!

- A culpa não foi dela, disse Marco, tirando a blusa, suja pela briga e colocando-a sobre a máquina de lavar.

- E de quem foi? Minha? Esse Otávio não vai te deixar mais em paz, Marco!

- Problema dele, disse, entrando na casa pela porta da lavanderia.

- Como acabou a briga? Quem ficou por cima?

- Ninguém. A turma lá do clube separou a gente.

- Amanhã, na escola, ele te arranca a pele e o serviço fica completo. Eu vou tirar você do Paralelo.

- Não! - exclamou, voltando-se para o pai. – Eu não quero sair de lá.

- E eu não quero te ver quebrado, num hospital... ou morto... Ou você desiste dessa garota ou eu tiro você de lá, se aquele delinquente pensar em tocar num fio de cabelo seu novamente!

- Eu amo a Amanda, pai!

- E está disposto a morrer por ela com dezessete anos também?

- Eu não vou morrer, droga!

Antônio parou, respirou fundo e decidiu:

- Mais uma vez que ele toque em você... nem que seja um beliscão... eu tiro você daquele colégio.

- Pai!

Antônio passou por ele nervoso e foi para o interior da casa, indo para a sala. Marco foi atrás dele e sentou-se com raiva no sofá.

PROVA DE CORAGEM

PARTE IV

BOM DIA A TODOS!

“VIVO E GOSTO MUITO DE ESTAR VIVO,

É UM JOGO E EU GOSTO DE JOGAR

VALE A PENA A VIDA, VALE A PENA

MESMO QUANDO DÓI E FAZ CHORAR”

(CANTADA PELO PAULINHO QUE JÁ FOI)

É DEZEMBRO!

ÚLTIMO MÊS DESSE ANO “ABENÇOADO”

FELIZ NATAL DESDE JÁ!

OBRIGADA PELA COMPANHIA!

DEUS NOS ABENÇOE A TODOS NÓS!

PAZ, BEM E LUZ

Velucy
Enviado por Velucy em 17/12/2020
Código do texto: T7137653
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