O diário de Ana Capítulo XIV
Carlos passou a se encontrar todos os dias com Carmem no intervalo das aulas, e houve uma aproximação detalhada em relação aos dois, pois conversavam sobre tudo, e pelas tantas Carlos contou a Carmem sua história de vida, o que fez com que ela o admirasse ainda mais.
Até que aconteceu o esperado encontro deles, Carlos era tímido, por isso demorou para convidar Carmem para sair, mas naquela noite um beijo desceu do céu, selando-os de tal forma que seus corações bateram forte no encanto do momento, e bateriam pela luz do amor que irradiou naquela noite.
Carlos focou nos estudos conciliando com o namoro, era aluno dedicado e responsável, ao ponto que foi nomeado por várias vezes líder da sala.
Certa noite chuvosa e de trovoada, Carlos sonhou outra vez com uma mulher vestida de branco que estava o chamando dizendo:
-Vem Carlos, vem para os braços da mamãe, a tanto te procurei, como estou feliz, agora posso morrer em paz.
Carlos acordou assustado pois era o mesmo sonho que havia tido a um tempo atrás, intrigado ele se perguntava, porque, porquê, esse sonho de novo?
Ele não conseguiu dormir, foi aí que ele não soube explicar mais veio um desejo enorme de ver o diário, sim queria ao menos ver. De súbito subiu numa cadeira para pegar o diário, pegou-o deu vontade de abraço-lo não sabia a razão, mas o fez, e sentiu-se de alguma maneira consolado.
Foi quando Carlos abriu o diário na última folha e encontrou um papel dobrado, abriu-o e la estava escrito.
"Não há um só dia que não me arrependo de todo mal que lhe causei minha filha Ana, e também a sua mãe que era uma santa.
Prometo encontrar meu neto aonde quer que ele esteja, por você Ana e por mim mesmo.
Carlos ficou com uma sensação estranha ao ler este bilhete, que o Sr. Cornélio havia escrito para ele próprio, não sabia explicar, mas de alguma forma lhe causou impacto, e porque agora sabia com certeza que o pai de Ana era o Sr. Cornélio."