O ladrão de café - 2º capítulo: "A conversa com o Rei Sol"

De Clieu desembarca do navio, monta em um cavalo e vai rumo ao jardim botânico de Royal pegar a planta de café do rei Luiz XIV. Ao chegar ao jardim botânico de Royal foi diretamente tentar falar com o rei Luiz e, arrumado um jeito de passar pelos guardas reais, De Clieu encontra o rei, que estava vestindo meias longas, delicados sapatinhos de laço, envolto no opulento manto real com uma peruca. Quase um bombom de calçolas.

De Clieu fala:

– Vossa majestade rei Luiz XIV.

– Guardas tirem esse homem daqui agora! Gritou o rei. E os guardas o empurram para longe do rei Luiz. De Clieu, quase gritando, fala:

– Eu tenho um plano que vai te dar muito mais dinheiro do que qualquer outro no mundo. O rei, interessado no que ele tinha a dizer, ordenou que o deixassem fala:

– Ei! Guardas, esperem, tragam de volta esse homem. O que você disse?

De Clieu continua:

– Eu tenho um plano que vai dar mais dinheiro do que jamais viu em sua vida vossa majestade! E os guardas? Poderiam me soltar, por favor? - Ao que o rei ordena:

– Guardas soltem esse homem. Continue com o que você estava falando.

E assim fez De Clieu:

– Mas do que você jamais viu!!!

– Ai que sorte essa a minha de não estar no palácio de Inválidos nem no palácio de Versalhes. Está bem, eu quero números, quanto? Questiona o rei.

– Meu caro rei, isso é suficiente para dar 200 quilos de ouro e prata para todas as pessoas da França, sejam homem, mulher , criança ou de mais idade.

E o rei Luiz XIV fala de boca aberta rindo:

– Isso é mais do que Espanha e Portugal conseguiram juntas na América.

E De Clieu fala:

– É claro que sim vossa majestade rei Luiz XIV, basta o senhor vender o café!

– Você acha que eu sou louco? Você quer que eu venda a minha planta de café? Grita o rei cheio de raiva.

– Não meu caro Rei-Sol , basta o senhor vender as sementes torradas e moídas. Para isso basta o senhor me dar a planta de café, eu a levo para Martinica, planto e com sorte ela nos dará fruto. Eu torro, moo e depois vendo, dou para o senhor parte desse lucro, a outra parte, vai para conseguir mãos de obra e o resto será meu, para isso basta o senhor me dar a planta de café. Respondeu De Clieu.

E rei Luiz XIV responde furioso:

– Você acha que eu sou burro hein? Responda, isso é uma pergunta.

– É, bem , talvez , sim, eu quero dizer, não , não vossa majestade o senhor não é burro, não, burro sou eu que acha que um velho tolo iria aceitar a proposta de enriquecer ainda mais, o senhor é só um pouco burro. Responde De Clieu, insultando a majestade rei Luiz.

E rei Luiz XIV responde gritando, completamente com raiva e com as veias quase aparecendo:

– Você quer ir para a guilhotina? Quer que eu mande cortar a sua cabeça? Você tem bosta na cabeça. Acha que eu sou tolo o bastante para dar a minha planta de café que ganhei de presente da Holanda. Você quer que eu dê a minha planta tão valiosa para um infeliz que teve a audácia de invadir o meu recinto e ficar enchendo os meus ouvidos de bobagem? Quem não me diz que você só vai me dar menos de um quarto do lucro enquanto você fica nadando em moedas de ouro e prata?

E De Clieu interrompe falando :

– Mas vossa majestade...

O rei Luiz XIV interrompe falando: – Vossa majestade é uma ova. Cala a boca que eu ainda não acabei de falar.

E De Clieu fala :

– Mas vossa majestade o senhor não entende o que eu quero falar.

E o rei interrompe De Clieu falando:

– Quem não entende é a sua mãe, senta o rabo no chão e cala a boca que eu ainda nem comecei. De Clieu senta no chão e o rei Luiz XIV continua a falar:

– Você não deve saber nem a metade da historia deste belíssimo pé de café. Bem, a história do café começou no século IX. Teve origem nas terras altas da Etiópia, na África, difundiu-se pelo mundo através do Egito e da Europa. Uma lenda conta que um pastor chamado Kaldi observou que suas cabras ficavam mais resistentes ao cansaço ao comer as folhas e frutos do cafeeiro. Ele experimentou os frutos e se sentiu mais revigorado. Em seguida ele levou para o curandeiro de sua tribo que provou o fruto, porém não gostou do gosto e jogou no fogo. Os frutos do café começaram a exalar um belo cheiro, então o curandeiro viu um certo tipo de utilidade para aqueles grãos. Então os Africanos moíam seus grãos e faziam uma pasta utilizada para alimentar os animais e aumentar as forças dos guerreiros. - Durante a narração, De Clieu pega no sono e o rei continua a falar mesmo assim - Depois disso o café passou com algumas dezenas de anos com o povo da Arábia e pelo mundos islâmico. Um monge da região, informado foi informado sobre o fato e começou a utilizar uma infusão de frutos para resistir ao sono enquanto orava. O café foi levado para a Índia aonde se espalhou por toda a Europa. Até que cegou na Holanda e depois chegou aqui.

Lucas Pregvir
Enviado por Lucas Pregvir em 01/12/2014
Código do texto: T5055116
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