Conto diminuto (O Medo do Dragão)

Estão chegando ao âmago, no coração do dragão e ele sente e se desespera. E isso está às escâncaras, o medo está evidente. Está sentindo que estão chegando perto. O dragão não mais dorme. Ele está em vigília, pois ele sente o medo. Ele fala durante a noite. Ele fala aos borbotões. Não para de abrir a boca. Porém da sua boca não saem palavras, mas fogo. Amanhece. A toca do dragão está incinerada, queimada até reduzir-se a cinza. E o dragão? Terá chegado ao termo, ou fim de sua existência? Somente silêncio. O silente sussurro do medo.