CRISE DE IDENTIDADE

Queria escrever diferente. Sou de fácil leitura. Quase transparente em minha escrita.

Alguns me cobram mais erudição, mais non-sense. Até tento.

Poderia ser surrealista. E falar de vaginas no meio da testa, do vômito de moedas de um real durante o culto evangélico.

Prefiro dizer dos sentimentos, do momento histórico, do cotidiano barra-pesada das cidades.

Para ser lido e digerido pelo homem comum que vejo, agora, andando na rua. As honrarias e demais fetiches deixo para os ácaros.

Ricardo Mainieri
Enviado por Ricardo Mainieri em 31/03/2017
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