ALTA ANSIEDADE

Rua congestionada. De carros e gente. No ponto, ele espera um ônibus. E eles passam lotados. Todos.

Pensa em pegar um táxi. Faz um gesto nervoso para um Clio. Pelo vidro, coberto de insufilm, uma mão acena. Em sinal negativo.

Seu relógio marca oito horas. Está atrasado. Mais um desconto em seu salário. E, quem sabe, uma futura demissão.

A ansiedade toma conta. Quase um ataque de pânico. Não sabe mais o que fazer.

Nisso, um som estridente corta o ar. O despertador anuncia seis da manhã

Ricardo Mainieri
Enviado por Ricardo Mainieri em 24/03/2017
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