CHEIRO DE SAUDADE

Retornou a casa às 18 horas. Passara o dia no mar, precisava de ondas fortes, águas salgadas. Desenraizar-se da dor. Na cabeça, giravam as oito garrafas de cervejas, confidentes do seu dia. No peito, aquele mesmo cheiro de saudade impregnado, engordurado, que nem Yemanjá foi capaz de tirar.