A nova sinfonia de Beethoven, por exemplo, faz um bem enorme a minha alma. Por certo, minha filha, gerações futuras, haverão de usar   música para estimular o cérebro humano a se reorganizar.
Teve vontade de dizer que o menino Davi tocava harpa quando, o rei Saul se sentia perturbado por maus espíritos, e logo que Davi tomava a harpa, Saul acalmava-se, sentia-se aliviado e o espírito mau o deixava.
Admirada, Ravenala disse a Emília:
— Parece que a vovó fala de um menino sem parte do cérebro, que  aprendeu a ler e a escrever, ouvindo músicas! Mas, como  poderia saber de Herman, se ele ainda  não nasceu? Como saber se não será abortado?  Muitos morrem antes de nascer!... Talvez, falasse de seu filho Ludovico que tinha  um buraco no cérebro, viveu sete anos e aprendeu a tocar cavaquinho.  Ou falasse mesmo de Beethoven! Não necessariamente da formiga, mas do alemão filho de dona Magdalena.
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Adalberto Lima - Estrada sem fim...