A ESCRITORA

Enquanto há escrita há esperança. Vomitou essa frase e desligou o telefone. Era muito mais fácil interpretar o seu silêncio. Suas palavras covardes escondiam-se pelos becos das metáforas e pareciam fingir uma verdade tingida. Nos dias de felicidade, era gente. Quando a tristeza nocauteava, transcendia à escritora. E assim, acompanhavam seus passos. Sabendo até quando ela estava infeliz.