SORTE TORTUOSA

Apesar dos tantos azares acumulados pelas esquinas cruentas da vida, Divaldo acumulava esperança. Nem que fosse um fio dela. Vani deu guarida para o irmão recém-saído do presídio. Divaldo quis protestar mas silenciou.

Madrugada qualquer foi acordado por barulho de pneus. Abriu a porta. Cegaram-no com uma luz potente. Armas apontadas o esmoreceram.

Na delegacia, ao lado de uma mesa repleta de maços de notas, flashes nervosos cegaram-no outra vez.

Cleo Ferreira
Enviado por Cleo Ferreira em 09/06/2016
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