O BARCO
O barco estava emborcado. O casco para cima era como uma escarpa. Embora curioso, sentou-se para um rápido descanso. Afundou os pés na areia e isso o animou a escavar uma pequena passagem até o interior da embarcação. Se por estar sozinho; se pelo silêncio naquele trecho, fato é que ouviu um grunhido gutural; um estrondo que o jogou de costas. Estatelado, acordou horas depois com um céu estrelado a cobri-lo.