Olhos de olhar e olhos de enxergar
Um homem cansado e desiludido, quase demissionário da própria vida, depois de muito caminhar abrigou-se sob uma grande árvore, pois a noite já caía.
De manhã ao acordar, viu-se quase sepultado pelas flores que desaguavam daquela árvore. Pássaros cantavam e um perfume diferente pairava no ar.
Um raio bem dourado de sol, espremido entre ramos, atingia diretamente seu peito. O céu mostrava-se todo azul.
Sentiu ele o corpo leve, e uma quietude em sua alma. Coisa que há muito tempo não sentia. Pensou que havia morrido. Nunca observara a natureza daquela forma. E assim, continuou achando que havia mesmo morrido.
E maravilhado com tudo, disse quase em murmúrio:
- Nossa! O Paraíso é mesmo lindo!
José Alberto Lopes®
Out. /05/2012