“MICROCONTO> O VAGALUME VAIDOSO”
                                          images?q=tbn:ANd9GcRssTZdH3gjBHc-4ybnZuS04wRD6ZtQUYnY9hEKN9T0iPHZKCa1JQ

  Ao nascer, o Vagalume é informado de sua grandeza: tem luz própria. Ninguém no mundo animal é igual a ele.
   Envaidecido, ele aguarda o anoitecer para seu primeiro voo-passeio pela mata. A escuridão se faz total. Todos se abrigam em seus refúgios temendo os predadores naturais. Mas, o bebê-vagalume não demonstra medo, ele desconhece essa emoção, e parte para sua viagem inaugural e de reconhecimento. Alça voo. Acende a lanterninha. Vibra aos gritos frenéticos de alegria. Faz um voo rasante sobre um par de olhos que ele pensou ser de algum invejoso entre a vegetação rasteira. Ele precisa mostrar aos seres inferiores sua supremacia: seu lampejo. Não houve sequer tempo para entender o acontecimento imediato: uma longa e áspera grudenta língua interrompe seu passeio. No escuro, um feliz sapo saboreia mais uma presa: uma digna refeição...
                                                   grenouille-15.gif
                                                   (ARO/ 2013)
 
Profaro
Enviado por Profaro em 06/11/2013
Reeditado em 07/11/2013
Código do texto: T4559797
Classificação de conteúdo: seguro