UMA FOLHA CAI

Ficou olhando, absorto, uma folha solitária desenhar sua trajetória desgovernada rumo ao solo. Um balé que o outono proporcionara a ela como um prêmio por fenecer naquela estação.

Apanhou-a quando tocou o solo e a deixou sobre um banco cinza da praça deserta. Começava ventar.

Cleo Ferreira
Enviado por Cleo Ferreira em 11/04/2012
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