Poetas

Quis fazer um poema inocente

daqueles que as lágrimas vêm,

e te dizer fecha os olhos,

experimenta, que gosto tem?

Para que digas já confuso

para meu ego que se inflama

que parecem ser uns versos,

de Quintana

Que pretensão, não dê trela

Peço então, que me desculpes

Querer sentar-me à janela

Do poeta das coisas simples

Vou fazer uns versos quentes

Que até aos deuses atordoa

Para que quando os recites

Jurar que são certamente,

de Pessoa

Como não sei dar vida às ruas

Ou pôr em versos, a metafísica

Vou, no tempo que ainda resta,

Descer à usina das palavras

E por fim provar que sou bom

Para que creias plenamente

Que na estrofe tem a lavra,

de Drummond!