Intervalo
O tempo é um presente que ausente ou evidente em agrado colabora.
O tempo presente é ideal para os gratos de coração, os não gratos, irão, como o tempo passado, passar. Só irão perdurar os fortes amantes do agora.
Aquele que dantes, a fora, lamenta o lamento dos fracos, nem vigorar vigora.
O tempo, este que pros injustos é justamente justo, ignora do pretérito de outrora o nostálgico sentimento que aflora, embora no futuro que espera apenas se escora.
Ah! O tempo! Este que te toma a razão e que arrasta à mão, não! Não é capaz de, por um ínfimo instante, parar de correr e esperar, em algum outro tempo para não mais incorrer em perda, isento, pra virar metáfora, por dentro e por fora, de tudo que explora e a qualquer querer não corrobora.
Evento que o vento assopra e desfaz em alento, é lento e mórbido o espairecer dos momentos que o tempo devora.
É vento, o que leva os dias tão logo se vê, na agonia, por segundos passar, em primeiro lugar, ficar, como se espera, atento e em pensamento, o tempo presente findar, e pra o que com ele finda, este apenas chora.