Seja bem-vindo ao meu desespero!

Abandonei-me nesses cacos em ilusões desmedidas

e olhando o meu rosto em outra face no espelho

reneguei-me para viver de injúrias,

um espectro fugaz dos meus anseios...

dos nossos erros me tremo, nanico

ao tempo reverberando ausências e mortes...

meu fado é meu medo,

é o desamparo que se alimenta de derrotas que sou...

na truculência da locomotiva viciada em círculos

domino meus olhos nas distrações corroídas

e das lágrimas fugitivas do sorriso

o novo mundo espera sem pudor.