Ao sabor das ondas

Sou como garrafa

Ao sabor das ondas

Meu grito abafado

No papel escrito

Não temo as vagas

Que são tão bravas

Forçam-me sempre

Dar volta ao mundo

Passam ao largo

Singrando as águas

Ignoram-me

Os navegantes

Não aceno mais

As náus passantes

Carrego o mapa

Mas não as joias

Meu destino é'ncalhar

Alguém, o mapa do tesouro achar

Tornar-se rico

E me libertar

Montteiros Dalton

Montteiros Dalton
Enviado por Montteiros Dalton em 06/03/2017
Reeditado em 19/08/2018
Código do texto: T5932541
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