INDULGÊNCIA

Quando quiseres agir com indulgência em relação ao teu próximo, pense em Deus.

Pense na imensa e valiosa obra de Deus diante da natureza poderosa.

Nada somos e em nada teremos êxito, se não for pela imensa indulgência de Deus que nos faz de desmerecidos a merecedores.

Que nos faz de derrotados a vencedores;

De esquecidos a lembrados por todo amor contido no universo;

Pense em Deus com a mais profunda sensibilidade que há em teu coração;

E assim, então descobrirás um mundo repleto de indulgências, de piedade, de perdão, enfim, de amor de uns para com os outros;

Seja nas manifestações mais simples de que fores capaz; seja nas grandes obras de que são capazes, os espíritos superiores, mas acima de tudo aja com indulgência para contigo mesmo, pois se assim não o fizerdes, com que sinceridade poderás agir com indulgência para com o teu próximo?

Se não sentires, como filho de Deus, digno de indulgência para consigo próprio como poderá arcar com a grande responsabilidade de discernir os atos do teu irmão com indulgência e compreensão?

Aja, sobretudo com amor, pois a simples compaixão para com o outro, colocando-o em posição de quem apenas tem a receber, não é indulgência;

Aja com amor para consigo próprio, porque a autocomiseração não significa indulgência;

E então verás claro que o amor a todas as criaturas de Deus não nos permite cruzar os braços e deixar que a natureza siga seu próprio rumo, deixando-nos ao léu e ao sabor da sorte;

A grande responsabilidade que nos cabe, também de nós exige, trabalho. Trabalho em favor de todas as coisas de Deus, de todos os seres, visíveis e invisíveis, porque todo o Universo aspira e expira amor; amor sem o qual nenhuma indulgência seria capaz de suprir a verdadeira necessidade da alma do ser humano.

Enfim, indulgência é também amor !