BOM SENSO OU SENSO COMUM

BOM SENSO OU SENSO COMUM?

Assim como o alimento e o estomago estão associados, alguns pensam que o corpo e a permissividade sexual andam juntos. Também, alguns pensam que a partir do momento em que um tipo de pensamento popular se torna repetitivo, mesmo que não sendo testado, adquire muitas vezes aceitação por meio das convenções coletivas, não me diz que é o certo. Passa a não existir mais a conveniência disso ou daquilo. E por ser aparentemente aceito, vai tomando corpo com o tempo, quando o anormal passa a ser normal, ou, talvez, aceito. Do ponto de vista cristão, como afirma o apóstolo Paulo: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas me convêm. Todas as coisas me são lícitas; mas não me deixarei dominar por nenhuma delas”. Assim, enquanto o bom senso é uma qualidade, e reúne as noções da razão e da sabedoria; o senso comum, por sua vez, não trás na sua essência, nem razão e nem sabedoria. Quando admitido, espelha falta de bom senso, uma vez que agride aos bons costumes, e com isso, afastando o que é consagrado por princípio a bem da saúde moral e espiritual do indivíduo. Provocado o tema, tenho que falar de corpo, espírito e alma, logo, falo como tricotomista, e, justifico teologicamente: temos um corpo, o que nada mais é do que aquele pelo qual cumprimos as funções e propósitos temporais. Junto ao nosso corpo existe o nosso espírito, aquele que direciona nossas necessidades vitais – o nosso espírito nos diz quando estamos com sede, com fome, com sono, etc. Quando ambos estão satisfeitos, ou seja, corpo e espírito, nossa alma se compraz com o nosso verdadeiro eu, e assim, transcendemos em ir mais além das meras necessidades da vida temporal. Nosso espírito se une ao Espírito de Deus, face às necessidades espirituais – uma vez que somos seres espirituais na carne – somos algo muito especial, fantástico, portanto, com qualidades eternas. Por princípio, somos verdadeiramente livres em fazer nossas escolhas, porém, o nosso corpo, além das funções biológicas, foi feito para a glória de Deus. Logo, o nosso corpo é o “templo do Espírito Santo” – a carne volta a ser pó e o espírito se volta para Deus, quando o nosso verdadeiro “eu” será conhecido na sua plenitude. Isso tudo, não quer dizer apenas sobre o homem espiritualmente ligado por sua natureza ao seu Criador. Fazer as escolhas certas, além dessa responsabilidade em nosso corpo, que pode ser uma questão de bom senso, face à liberdade que temos. Todavia, o que afeta o corpo, afeta também a alma, uma vez que nascemos com os atributos morais que nos perseguem – todos nós bem sabemos, quando somos acusados em nossa rebeldia, fazendo não o que é “senso comum”, mas, sim, aquilo que em corpo, espírito e alma, com razão e sabedoria o fazemos. Assim, a permissividade sexual não é por bom senso, uma vez que entendemos que o sexo é uma das partes do culto à vida, nele o amor transcende, cultua ao Senhor da vida. Macho e fêmea, contribuindo com o Criador em povoar a terra com sua imagem e semelhança. Quando velho, prolongar a atividade sexual, não significa prolongar a vida, mas sim, forçar a própria natureza humana – ponde ser senso comum, mas faltou bom senso; Vinte maneiras de fazer sexo, pode ser pelo senso comum, mas é falta de bom senso; Casamento de homem com homem e mulher com mulher, pode ser que pelo senso comum, mas é falta de bom senso, é pecar contra Deus. Deste modo, dizer que “o corpo é meu e faço com ele o que eu quiser!” - não é verdade! É através do corpo que demonstramos ter as qualidades do Criador em nós – no corpo, horamos nosso próximo, honramos nossa família, honramos a Deus. No corpo, construímos os valores essenciais que nos remeterá à eternidade com Deus para o qual fomos criados. Em outras palavras, pertencemos a Deus. Fazer as escolhas certas pode ser uma questão de bom senso. Melhor assim!

22-03-2022