O ENIGMA DO MAL

O ENIGMA DO MAL

Toda vez que o ser humano invade o terreno de Deus, o mal de estabelece. Eu explico: invadir, quer dizer, tomar o lugar de Deus – ninguém explica Deus! Até porque caso alguém o fizesse, seria igual a Deus. Desta forma, qualquer humano, por mais simples que seja, ou por mais sábio dentre os homens, já nasce rendido na sua sapiência. Do nascimento até seus últimos dias andará em busca de respostas para sua existência – nós humanos somos assim. A menos que saibamos entender as nossas limitações, ou seja, até onde podemos caminhar em nossa sapiência. Existe uma fronteira intransponível entre o Criador e a criatura. Embora sendo o mais extraordinário ser de toda a criação jamais o homem será igual a Deus. De Deus, recebemos alguns atributos à sua imagem e semelhança. Nesse aspecto podemos desfrutar em muito a essas qualidades – isso nos faz parecer com Deus? Nosso desejo de ser bom – isso nos faz parecido com Deus. Sendo assim, como explicar o mal? O mal foi criador pelo homem, tendo sido influenciado por Satanás – a serpente, o grande dragão. Algumas pistas nos são dadas no livro de Apocalipse 12.9 quando nos diz assim: “E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado na terra, e, com ele, os seus anjos”. O motivo da expulsão, foi porque Satanás havia se rebelado contra Deus. Estando na aterra, ele surgiu no jardim do Éden, onde seduziu o casal, levando-o à desobediência a Deus. Mas, o que Satanás aprontou no céu? A Bíblia trata apenas como que tendo havido uma rebelião. (esse assunto pertence à agenda de Deus). Certo é que estando aqui em nossa casa – a terra, presente a vagando sobre a terra. Satanás permanece seduzindo aqueles que dele prevalecem na prática do mal. Ao dar lugar a Satanás, o espírito do mal corrompe o coração do homem e o mal se estabelece. Deus não criou o mal. Tudo começou no Jardim do Éden na casa do homem. Foi estabelecido um marco de obediência que desfigurou o mundo dado ao homem, quebrando compromisso moral que havia sido firmado entre Deus e o homem. Na sua desobediência, todos os privilégios antes oferecidos, foram desfeitos, perdidos. A vergonha somada ao sentimento de culpa, acabou se constituindo na primeira desavença entre o primeiro casal. Em ato seguinte, na família, veio o ciúme entre irmãos, o que termina num homicídio. Neste seguimento, vergonha, culpa, ciúme, foram as células do vírus do mal que nos contaminou a todos – Por isso o apóstolo Paulo diz que: “Todos pecaram e destituídos são do Reino de Deus”. Se admitimos a nossa contaminação, Deus nos dá a chance de nos reconciliar com Ele e nos livrar da condenação eterna. Todavia, o Diabo continua presente no mundo procurando a muitos enganar. A figura do Diabo pode ser retratada no mal que muitos humanos veem praticando no mundo. Logo o agente do mal é o homem, pois que fora de Deus, torna-se presa fácil de Satanás. Sendo tentador poderoso na terra, encontrando fragilidade no homem, consegue fomentar o mal. Assim, o mal continua produzindo os mais terríveis e catastróficos efeitos no mundo. A presença do mal, desfigurou a imagem de Deus no homem. Contudo, o homem não perdeu a sua qualidade de ser criado para Deus, e nessa qualidade, o homem se torna mais forte que Satanás. Ninguém será tentado acima do seu limite – aquele que se entrega à tentação, faz concessão para que seja dominado pelo mal. Por sua capacidade natural, o homem tem em si toda a possibilidade de evitar o mal – estamos falando do homem comum, ou seja, daquele que ainda continua afastado de Deus. A diferença entre o crente e o não crente, é que o crente tem as ferramentas dadas por Deus para combater o mal. O não crente não tem essas ferramentas e por isso vive à deriva, e por si somente não tem como se defender contra o mal – vindo a tentação, fazendo concessão, tornando-se em agente de Satanás. Por razão é que existem pessoas más? Sim! Ninguém nasce para o mal. Voltemos ao Jardim, agora o jardim de nossa morada, a nossa casa. Na dependência de Deus construímos o nosso casamento. Vindo o nosso primeiro filho – o bercinho, as roupinhas mais fofas do mundo – o primeiro sorriso, as primeiras palavras, as primeiras perguntas. Os primeiros porquês, dizem para fazemos uma pausa necessária, com muita atenção. O filho está se aproximando da fronteira entre o bem e o mal. O socorro vem da Palavra de Deus aos pais: “Ensina o menino no caminho em que deve andar e até quando envelhecer não se desviará dele”. ENSINAR! É uma cláusula pétrea de obrigação dos pais. (a família é o bem maior). Em três momentos o homem teve oportunidade para aprender de Deus – antigamente, a partir dos pais, dos profetas, e em nossos dias pelo Filho Jesus Cristo. Confirma a Bíblia: “Havendo Deus antigamente, falado, de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nesses últimos dias, nos falou por seu Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo. (Heb1.1-2) Aqui reside uma ordem lógica da instrução oferecida na Palavra de Deus: No passado, Deus criou a Família, e pela família Deus foi conduzindo o homem no seu propósito – os pais tinham o poder de passar as instruções aos seus filhos; Mais tarde, com o crescimento das famílias, dos clãs, Deus levanta seus Profetas, e por eles, Deus se comunica com o seu povo (aqui já é povo). Logo, tem gente que é “povo de Deus” e tem gente que não é “povo de Deus” – criaturas errantes, desobedientes. Dentre toda a humanidade quando já é povo, vendo Deus que muitos desagradavam seus propósitos, por isso, Deus escolhe um povo para si, a fim de dar continuidade ao seu plano. Nessa continuidade e expansão, vem a formação das cidades, as Nações. Com a rebeldia prevalecendo, Deus inunda a terra, persistindo, fogo do céu é derramado sobre duas cidades. Somente os escolhidos prevaleceram... Por último, Deus se manifesta por seu Filho, cumprindo a sua antiga promessa de libertação e perdão pelos pecados. Portanto, tão somente por Jesus torna-se possível a reconciliação com Deus. Assim, “Nesses últimos dias, Deus continua falando por seu Filho Jesus Cristo, a quem conferiu todos os poderes sobre o universo”. Fechou o Livro da Promessa, a salvação ficou pronta, nada mais restando a fazer em favor do homem. O mal, portanto, continua existindo, porém, Deus providenciou o remédio. Por graça e misericórdia de Deus, ainda é possível ao homem livrar-se do mal – agarra-se às promessas de Deus por meio de Cristo, que diz: “aquele que vier a mim, de maneira alguma lançarei fora”. Ninguém será justificado na prática do mal. Assim como ao Diabo a condenação do inferno, o mesmo acontecerá com todo aquele que pratica o mal. Vencido o enigma? 25\02\2021