E ELE CHOROU!

Ignorância é uma palavra bem abrangente. Por exemplo, não conhecer um fato, não conhecer um dado científico, não ter educação de berço, educação do intelecto, não usar a racionalidade que é acima de tudo a consciência do seu "eu”, e, ainda, o que é pior, a ignorância que determina a cegueira espiritual, ou seja, falta de visão da verdade e justiça de Deus e não estamos falando de religiosidade, por sinal, outro tipo de ignorância humana.

Foi a ignorância que tornou o homem, ser racional por origem, embora no estado do “ignorantismo” ou ignorância do primário ou ainda, inocência, conforme Deus o fez, em um bicho, um animal que um dia perdeu o seu juízo e não o recuperou mais.

Vemos na raça humana a partir da sua perda de Deus no Éden, a tendência, vocação, ou melhor ainda, o apanágio para o mal. Um Ser egoísta por excelência, ele, o homem, não vive segundo os valores de Deus. Já dizia o ex-ministro Jatene: “O homem não vive de valores e sim de interesses”. Na Bíblia, no livro de Gênesis 8:21, Deus afirma “que a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice”.

Mas como sempre o testemunho do homem sobre ele mesmo, é de maior importância do que o de Deus. Do homem “eu”, ele contesta que seja mau e do homem o outro, ele concorda e de Deus, ele ignora.

A falta de valores no ser humano já é por si só, uma grande ignorância. E isso só contribui para que os problemas e dificuldades sejam cada vez maiores no mundo em que vivemos.

A sociedade humana criou sistemas em princípio, para permitir e normatizar a vida funcional e as regras do bem viver. Um processo criado por necessidade imperiosa já que o homem não gosta de leis, regras e normas que o impedem de ações ao seu “bel-prazer”. Montanhas de leis, regras, normas teóricas filosoficamente corretas e muito bonitas, na prática o que vemos é uma luta desesperada com objetivos claros de sobrepujar uns aos outros, como se dependesse disso a garantia de viver ou sobreviver de cada um.

Aqueles que se dão “bem” dentro desse sistema, elegem e tem por deus o dinheiro, elemento que lhes dá o poder de ser e ter. Outros, vencidos pelos mais espertos e dentro de suas necessidades materiais e ou afetivas, buscam a Deus como senhor de toda a criação, desejando muito, acreditamos nós, até com sinceridade conhece-lo e receber as benções na forma de socorro divino que precisam.

Em que pese esse Deus não ser o gênio da lâmpada mágica do Aladim, isto é, só se procura para se pedir, mas de certa forma é louvável o interesse. Pelo menos se reconhece que há verdadeiramente um Deus.

Mas a questão da ignorância volta então a influir nessa busca, pois caímos dentro de um outro sistema que desde a aurora da vida projetou uma entidade com o nome de religião usada para religar o humano ao divino, e que mostrou pelo seu histórico e a um diminuto número de pessoas que conseguem enxergar através da racionalidade, que ela não liga ou religa Deus a ninguém.

Como se não bastasse os observadores analíticos e racionais da vida verem que o efeito ou efeitos dessa prática não aperfeiçoa e nem torna o homem mais divino, mesmo porque já está escrito:

(Pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou) e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus).

 

Hebreus 7: 19:

Muito embora se tenha criado através dela os seus santos, vemos Jesus um dia falando com os seus discípulos e mostrando o templo de Jerusalém e dizendo claramente: Vai tudo abaixo e não ficará pedra sobre pedra (Lucas 21:5-6).

Seria de nossa parte uma distorção daquilo que está escrito se afirmássemos que Jesus quereria dizer que não só o templo, mas todo o processo religioso que os homens criaram iria abaixo. Entretanto, se nós analisarmos que aquela religião foi um processo vivido através de ritos e cerimoniais e ainda os dogmas que se enraizou na cultura de um povo (todos os outros povos viveram e vivem sempre, outrora e atualmente as mesmas práticas) tendo como referência o templo, não será uma adulteração desse texto se nós assim o afirmamos, mesmo porque qual seria o propósito de se derrubar um templo, se não com o objetivo de desacreditar a própria religião? E para uma melhor reflexão, poderíamos dizer que quando Jesus iniciou o seu ministério sobre a terra, os frequentadores da religião vivendo-a no templo e nas sinagogas oferecendo seus holocaustos, sacrifícios e obrigações para “pagarem seus pecados”, com a matança de animais e com as esmolas que davam para Deus, não viram e nem ouviram o verdadeiro e único sacerdote de Deus, que não estava lá no templo a receber os seus sacrifícios e nem ouvir seus cânticos de louvores nos salmos de Davi.

Jesus foi o representante legítimo de Deus sobre a terra e mais, como o animal oferecido por Deus e que seria imolado em um sacrifício vicário pelos homens, eliminando definitivamente a matança de animais, já que com a sua morte na cruz pagaria de uma só vez todos os pecados do ser humano, conforme os textos sagrados abaixo:

 

“De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o Senhor? Já estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura de animais cevados; nem me agrado de sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes. Isaías 1:11;”

 

 

“Tu, ó Sião, que anuncias boas novas, sobe a um monte alto. Tu, ó Jerusalém, que anuncias boas novas, levanta a tua voz fortemente; levanta-a, não temas, e dize às cidades de Judá: Eis aqui está o vosso Deus. Isaías 40:9;”

 

“No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. João 1: 29;”

Cordeiro de Deus que iniciou esse ministério sobre as terras palestinas andando e gritando: O reino de Deus chegou até vós, arrependei-vos (Mateus 4: 17).

Jesus substituiu todos os sacrifícios, mandamentos, leis, dogmas e rituais ofertados pela religião. Os religiosos até o dia de hoje não atentaram portanto, para o único caminho que liga realmente os homens a Deus (Eu sou o caminho, a verdade e a vida e ninguém vem ao Pai senão por mim João 14:6).

Esse caminho tem como base os méritos tão somente de Jesus que alcançou a justiça de Deus, pois não pecou e a defendeu juntamente com a sua verdade (Isaías 59: 14-20; Isaías 53: 9).

O apóstolo Paulo estando com Silas encarcerados em Filipos, foram os protagonistas da pregação do Evangelho de Jesus junto aos presos e ainda ao carcereiro. Por volta da meia noite enquanto cantavam e oravam, um terremoto sobreveio à cidade e a prisão foi sacudida com as portas e cadeias abertas. O carcereiro responsável por todos os presos, vendo aquilo desesperou-se e quis se suicidar. Após tomar pé da situação presente e, ainda muito assustado, perguntou a Paulo e Silas o que ele teria que fazer para ser salvo. Prontamente eles lhe responderam: Crê no SENHOR JESUS (grifo nosso) e será salvo tu e a tua casa (Atos 16:31).

Nenhuma obra humana alcança a justiça divina. Longe de se pensar que ser bom, praticar a beneficência, anular os seus pecados através de atos “santos”, vai levar alguém aos céus. Ser bom e praticar beneficência, aliás, é obrigação e não virtude. A salvação é uma graça de Deus mediante o CONHECIMENTO, a CRENÇA e CONFIANÇA em Jesus (trilogia da fé) e não pretensa virtude humana.

Foram poucos na história que entenderam isso e não fizeram de Jesus um fundador de religião. Assumiram a postura de cristãos onde Jesus é o ÚNICO SENHOR deles. Senhor este no qual confiam totalmente e dispensam qualquer outro nome como referencial, reverencial e adoração. Jesus só é bastante para eles. O apóstolo Paulo diz: Vivo, não mais eu, mas Cristo que vive mim...(Gálatas 2:20).

Infelizmente a religião tomou o lugar de Jesus e o homem deixou que ela viva dentro de dele, apesar de suas carências e o vazio de Deus dentro de si.

Um dia Jesus se debruçou sobre Jerusalém e olhando aquela cidade do alto e como protótipo de toda a humanidade, sentiu nas entranhas a dor da ignorância e cegueira da raça humana.

Foi por isso que Ele chorou.

 

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Melquisedeke
Enviado por Melquisedeke em 12/05/2017
Reeditado em 27/04/2023
Código do texto: T5997352
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