A benignidade como alvo.

Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia. Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou. (Efs 4:31,32). Aqui vemos o apóstolo Paulo elencar alguns itens que se faz necessário eliminar progressivamente da vida de um Cristão enquanto discípulo de Cristo Jesus. Como de costume dividiremos em duas partes este estudo, aqui trataremos do que devemos evitar e no outro do que devemos fazer.

1 – A primeira é a amargura palavra no grego (pikria). Que segundo os linguistas este termo é definido como ressentimento prolongado; é o espírito que rechaça a reconciliação. Quando analisamos este termo em nossas vidas vemos que muitos de nós as vezes sem perceber encontramos formas de nutrir nossa cólera, de mantê-la abrigada em nossos corações, pois guardamos e supervalorizamos em nossa psique os insultos, injúrias, desprezos e ingratidões que sofremos. E quanto mais pensamos nestas coisas, mais profundamente estas emoções fincam raízes em nosso ser chegando a fazer parte de nós e assim nos tornamos seres amargurados que a cada canto que passa faz a vida perder o encanto. Mas a bem da verdade todo cristão faria bem em pedir a Deus que o ensine a esquecer, pois quando eliminamos de nós estes sentires deixaremos por onde passarmos uma vida cheia de encantos.

2 – As irritações, palavra do grego: thymós, que está ligada as explosões momentâneas das emoções, ou seja a ira. E como um atleta que de tanto treinar torna comum aquilo que ele faz, assim se dá conosco no que se refere ao sentir. Pois de tanto vivenciar momentos de explosões de ira ela começara a fazer parte de nosso diário viver. E então temos a outra parte quando nos quedamos como seres iracundos. A palavra do grego usada por Paulo é: orgé. Que segundo os historiadores orgé é descrita como uma ira habitual e inveterada, ou seja, quando uma pessoa já não vê alegria nem beleza em nada, para ela tudo é motivo para desagravo. Tornando-se assim uma pessoa amarga que semeia raiva por onde passa. É dever do Cristão pedir ao Espirito Santo que o ajude a manter-se longe tanto dos estalos de temperamento como da ira inveterada.

3 – Gritaria e maledicência. É comum no viver diário para fazer-nos ouvir usar do uso da gritaria seja num púlpito ou nas discussões. E este agir pode tornar-se parte de nós e então nos tornamos pessoas desagradáveis até porque a gritaria ofende os ouvidos mais que ensina a alma. Sendo assim cabe a nós nos vigiarmos e cada vez que notamos que nossa voz aumenta de volume em alguma discussão ou argumento é tempo de deter-nos. Pois um argumento que tem que ser sustentado a gritos não é um argumento; uma disputa que se leva a cabo com insultos não é uma discussão, mas sim um alvoroço. Então aqui começamos a ver que uma atitude está ligada a outra; um ser amargurado vive irado, um ser irado trata tudo e a todos ao grito e por fim, vê tudo com malícia e a malícia o leva a blasfêmia. E então nos tornamos pessoas que tem o insulto como defesa. Segundo os historiadores, os judeus sustentavam que Deus não considerava sem culpa ao homem que insultava a seu irmão. Neste mundo poderíamos evitar grandemente a aflição e a dor aprendendo a livrar-nos gradativamente destas emoções inferiores. Pois assim teríamos o coração livre de amargura, o nosso agir seria equilibrado e a nossa voz traria a doçura do amor de Deus que acalma e traz vida a alma sofrida. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

Continua.

(Molivars)

Molivars
Enviado por Molivars em 06/02/2017
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