Exu, Pombo-gira... Um pouco de Voz!

Hoje, estava aqui a pensar no preconceito que os espíritos sofrem. Em especial, os Exus e as Pombo-giras.

Muitos, por sua descrença na fenômeno de reencarnação, criticam e maldizem essa falange espiritual, sem saber que o fundamento desses espírito está “anos luz” à frente de nosso conhecimento... Acho que dar palavra, dar voz, é o ideal!

“Exu não é mal. Não é ruim. Exu é, como diria um camarada meu, um espírito de luz, perseguido pela descrença e pela dúvida. Dentro do Espiritismo a incorporação sempre foi tachada e criticada, ainda de espíritos que bebem e que fumam, espíritos que entendem os vícios humanos. Meu amigo, a forma que eu tomo nada mais é do que fenômeno de projeção, não é uma forma fixa, rígida. Eu já fui padre, já fui médico e já fui professor, por isso meu menino é professor nesta vida, só por isso. Eu não faço o mal. Por que eu fumo? Por que eu bebo? Tudo parte de meu fundamento. Eu conheço todos os anseios do coração dos homens. Eu conheço o coração do homem e da mulher e não tenho preconceito quanto a sua fé, a sua cor, se você gosta de homem ou de mulher, ou dos dois! Eu só quero o seu respeito. Quando a minha capa roda, ela leva tudo que há de ruim, tudo que há de errado. Quando eu bebo, eu puxo teus vícios comigo, limpo teu corpo. Quando eu fumo, eu sugo todos os maus espíritos que estão ao seu lado. Eu sou um ser de luz. Meu fundamento é nas ruas, é sim, mas, me diga, camarada, quem nunca passou a noite na rua não sabe o que é viver! Eu sou um espírito que vem para te ajudar, meu camarada! Meu nome é Exu Tranca-Tudo.”

“Pomba-gira não é vagabunda! Eu sou, mas não sou a vagabunda que você pensa. Eu sou mulher da vida, da noite. Sabe aquela história: se não conhece minha história, não me julgue? Então, se não sabe quem eu sou, não fique no meu caminho. Mas, meu filho, se precisar de mim, é só pedir. Eu conheço o coração das mulheres e dos gays, é com eles que eu mais me dou. Todas as vezes que seu coração dói, meu filho, é a mim que você deveria recorrer: eu posso te ajudar a curar essa dor, eu tenho meu asé meu filho. Mas não me peça o mal, porque o mal não é bom e eu não faço nada que não seja bom. Sempre que quiser, faça um pedido meu filho, eu sempre estarei lá para ouvir. Meu nome é Maria Padilha da Praça, mas prefiro que me chame de Maria Esmeralda.”

Le Vay
Enviado por Le Vay em 16/02/2014
Reeditado em 16/02/2014
Código do texto: T4694133
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