PEQUENAS PROFESSORAS

pequenas professoras:

“observe a formiga, preguiçoso, reflita nos caminhos dela e seja sábio! ela não tem nem chefe, nem supervisor, nem governante e ainda assim armazena as suas provisões no verão e na época da colheita ajunta seu alimento, até quando você vai ficar deitado preguiçoso? quando se levantará do seu sono?”

(provérbios 6.6-9)

o que acharíamos de uma sociedade onde tudo funcionasse na mais perfeita harmonia, mas sem a necessidade de governantes, e onde cada um teria consciência de sua responsabilidade para com o coletivo?

quem apenas enxerga a letra, sorri ao deparar-se com um conselho aparentemente tão pueril, afinal, o que um inseto menor do que um fio de cabelo pode ensinar, em comparação com os altos tratados de conhecimentos disponíveis?

contudo, freqüentemente esquecemos que deus nada fez de inútil, a natureza é o grande livro de onde jorram lições para nossa caminhada terrena.

observando uma sociedade de formigas, vemos que a disciplina, o trabalho e a previdência são suas marcas registradas, ainda que movidas por um instinto puramente maquinal e não racional, há nelas intrinsicamente uma noção de responsabilidade que muitas vezes nos falta.

a sociedade humana, em todos os tempos, foi estruturada em hierarquias, que outra função não tem, senão assegurar o cumprimento de deveres que a cada um assiste; todos nascemos com deveres materiais e espirituais que o pai nos confia, mas quantos de nós os cumpre com liberalidade? quantos não os fazem apenas dentro de uma cadeia hierárquica?

o cristo, nos outorgou sublimes ensinamentos e o dever de propagá-los com atos e palavras e isso foi necessário porque nós apenas obedecemos a ordens superiores, não temos consciência das nossas tarefas, tal como as pequeninas criaturas, que trabalham em sua curta vida obedecendo apenas a algo que lhe é ínsito.

assim como a formiga que cumpre o seu dever com disciplina, responsabilidade, em prol do conjunto, sem indolência e sem necessidade de hierarquia, tenhamos a disposição de cumprir a vontade do pai movidos unicamente pela alegria de estar executando os desígnios divinos que sempre visam ao progresso de suas criaturas.

Jorge Luis