NÃO FAÇAM PALHAÇADAS

É lugar-comum dizer que a vida é eterno Carnaval, onde cada um, busca no armário da memória, a mascara adequada para a ocasião.

Verdadeiro Carnaval é o que se passa em certos matrimónios; melhor diria: nas cerimónias de certos casamentos.

Se não vejam: recentemente recebi, pelo correio, convite para enlace civil, entre duas pessoas de sexo diferente, que trazia junto um bilhetinho, onde os “noivos” solicitavam que fosse entregue, em determinada agência de viagem, comparticipação para a “lua-de-mel”. Passeio que iriam efectuar após o enlace.

Ora eu sei que coabitam, há anos, na mesma casa, e que possuem lindo menino, de cinco anos, fruto desse amor.

Mais caricato, se possível, é o matrimónio que se realizou em São Paulo. Casal, casado civilmente, assentou, e bem, receber a bênção divina.

Marcaram dia e hora, e enviaram convite, e perante o espanto de muitos, a “noiva” vestiu-se na casa paterna, de branco, e entrou no templo acompanhada do pai, enquanto o “noivo” aguardava a mulher, com quem vivia, no altar.

Se a paródia fosse realizada por jovens, teria desculpa, mas quarentões (!), toca a burlesco grosseiro, a rondar o riso, além de ser impróprio de lugar que é devido respeito.

Tudo se conjuga para destruir a família, e com ela, a sociedade, pelo menos como é concebida até aos nossos dias.

Já não falo de leis, que nada favorecem os casados, mormente famílias numerosas, mas o jeito como é encarado o namoro, as relações pré-nupciais e as experiências sexuais entre jovens, muitos na puerícia, e até o eufemismo de chamar “namorado”, o que em bom português, é amante ou amásio.

Pelo menos poupem a Igreja, respeitem Deus, e não façam palhaçadas, nem “obriguem” os sacerdotes a serem “cúmplices”. Se querem receber a bênção divina, vistam-se e comportem-se em conformidade com o estado em que vivem. Ou será que já não há vergonha na cara?!

Humberto Pinho da Silva
Enviado por Humberto Pinho da Silva em 22/06/2011
Código do texto: T3050265