Santa
– Santa, Virgem de Nazaré, Virgem, Virgem Maria, Nossa Senhora, Nossa Senhora de Nazaré, Senhora de Nazaré, todos são nomes que o povo paraense dá à mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo. A imagem original, que foi achada, conta a lenda, no século XVIII, pelo caboclo Plácido, fica guardada na capela no Colégio Gentil Bittencourt.

Almoço do Círio

 – Outro grande momento de emoção, nesta festa que é só emoção. Quando termina a procissão do Círio, as famílias paraenses, as centenas de milhares de pessoas que lotavam as ruas de Belém, voltam às suas casas, para confraternizar em torno de mesas fartas, onde são servidas as mais deliciosas iguarias típicas da terra. É dia de muita festa, de matar as saudades, de rever os parentes e amigos distantes, que chegam a vir de muito longe, até de outros países, só para esse grande reencontro e para saborear um gostoso pato no tucupi, presença obrigatória em todas as mesas no tradicional Almoço do Círio. 

Basílica de Nazaré
– Uma das mais ricas e deslumbrantes basílicas do Brasil, foi inspirada na Igreja de São Paulo, em Roma, e projetada pelo arquiteto italiano Gino Coppede. Substituiu a antiga igreja, concluída em 1840. Sua cumeeira ficou pronta 5 anos depois de lançada a pedra fundamental, em 1909, e, após 43 anos, foram concluídas suas obras. Abriga em seu altar-mor a imagem original da Virgem de Nazaré.

Brinquedos de Miriti
 – O Círio de Nazaré não é só uma manifestação de fé do povo paraense. As muitas tradições populares do Pará também encontram nele oportunidade de se exprimirem. É o caso dos brinquedos de Miriti, feitos com extrema delicadeza, por artistas primitivos, do caule da palmeira Miriti. Vendidos nas ruas durante os dias de festa, há muitas gerações eles fazem o encanto das crianças paraenses com seu mundo mágico que recria, em miniatura, a fauna e a flora da Amazônia.


Carros
 – A passagem dos carros, durante a procissão do Círio, recebe, como a Santa, também os aplausos do povo. Carro do Milagres, Carro dos Anjos e Carro das Promessas, eles desfilam contando a história da devoção à Virgem e recolhendo ex-votos, como cabeças, pernas e braços de cera ofertados à Mãe de Nazaré por uma graça recebida.


Círio
 – Todas as palavras do mundo são insuficientes para descrever um espetáculo que, com seus mais de 200 anos, sempre arranca lágrimas, até mesmo de quem está visitando o Pará pela primeira vez. Não dá para contar o Círio, o Círio é para viver. E intensamente, desde a manhãzinha de domingo, quando todo o povo paraense sai às ruas orando, carregando pesadas promessas, fazendo duras penitências, como acompanhar de joelhos toda o percurso da imensa procissão que atravessa a cidade levando a Berlinda ricamente adornada com a imagem da Virgem de Nazaré.


Corda
 – Todo mundo quer acompanhar o Círio na Corda. É um lugar privilegiado, onde as cenas de fervor e fé atingem o auge. O toque na Corda do Círio é sagrado, porque é com a Corda que é puxada a Berlinda da Virgem. E, mesmo com seus 350 metros de comprimento, a Corda ainda é insuficiente para tantas mãos, que sangram sem esmorecer, e pés que tropeçam, e corpos que caem para logo levantar, numa das mais impressionantes e comoventes manifestações de fé do mundo, testemunhada pelo inclemente sol tropical.


Praça Santuário
 – Lugar de visitação pública durante todo o ano, a Praça Santuário fica bem em frente à Basílica. Abriga o Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, uma concha acústica e um obelisco.


Promesseiros
 – De repente, um clarão se abre em meio à multidão na procissão do Círio, e surge um anjo. Na verdade, é um dos milhares de promesseiros, romeiros que, descalços, acompanham a procissão pagando promessas: vestidos de anjo, puxando a Corda, carregando enormes melancias na cabeça ou distribuindo água às pessoas, num ato de caridade cristã.


Romaria Rodofluvial
 – Na manhã da véspera do Círio, no sábado, centenas de carros começam a se concentrar em Ananindeua, a poucos quilômetros de Belém. Vai começar a primeira parte da Romaria Rodofluvial. Os carros dirigem-se a Icoaraci, de onde parte a Romaria Fluvial: dezenas de embarcações, lindamente embandeiradas, cortando as águas, sob a ventania da Baía de Guarajá, levando a imagem da virgem até o Porto de Belém, onde uma multidão aguarda contrita. 

**fonte: www.abrasoffa.org.br/folclore/proverbios/dicionariocirionazare.htm