CONVITE REAL

"ELES, PORÉM, NÃO SE IMPORTARAM E SE FORAM, UM PARA O SEU CAMPO, OUTRO PARA O SEU NEGÓCIO" (Mateus, 22:5)

______________________________________________________________________________________________________________________

Na literatura antiga, lê-se que os monarcas geralmente escolhiam um filho favorito, e usualmente filho

o de alguma esposa favorita. Um banquete de bodas, pois, seria um reconhecimento especial do favor que desfrutava o filho envolvido. Assim, os súditos do rei estavam na obrigação de reconhecer que o filho era o herdeiro do trono, não havendo desculpas válidas.

A nação de Israel, como um todo, não quis reconhecer o filho do Rei, e julgou que era estranho que um mero profeta da Galiléia, região desprezada pelos judeus, pudesse apresentar tão altas reivindicações. Eles não reconheceram a sua autoridade; não estavam dispostos a prestar-lhe lealdade, aceitando o convite que o Rei lhes fizera. Outrossim, estavam ocupados com as trivialidades da vida, e não estavam preparados para aceitar e se utilizar às exigências da inquirição da nova vida espiritual, necessária para quem quisesse reconhecer o filho do Rei. O convite era genuíno, mas aqueles a quem o convite foi lançado não podiam suportar as exigências espirituais do convite. A propósito, observamos que de acordo com os costumes orientais, eram os convites feitos por duas vezes consecutivas, um preliminar, para anunciar a festa, e outro para chamar para a mesma; o primeiro convite fora feito pelos profetas do Velho Testamento. O povo ouviu a mensagem prazerosamente, e pô-se a esperar o estabelecimento do reino. Porém, quando foi lançado o segundo convite, isto é, aquele que chamava à participação na festa espiritual, descobriu-se que as multidões estavam totalmente despreparadas para tão notável acontecimento. Por isso, recusaram reconhecer um convite genuíno. Dessa forma, para os convidados, as coisas principais da existência nada tinham a ver com o convite de DEUS. a mensagem de CRISTO não tinha valor para eles.

"CINCO JUNTAS DE BOI" (Lucas, 14:19) pareciam-lhes mais importantes;era um grande negócio. O casamento também era algo importante (Lucas 14:20) - tão importante que

o homem era justificado se perdesse duas semanas proveitosas por causa da lua-de-mel. Aqui temos a própria massa de que se compõe a luta pela existência, e essa luta pela existência tem destronizado a vida. Para eles, pois, CRISTO não era importante.

Não tenho pretensões de ser religioso, diz o homem moderno, pois para eles a religião é uma questão secundária. Por isso é que damos tanta atenção aos andaimes que nos olvidamos do próprio edifício. A luta pela existência e o orgulho de propriedade, que a acompanha, se têm transformado em pobres substitutos da verdadeira vida. A sociedade reflete as suas próprias frustrações. E o motivo dessas frustrações é que os homens têm substituído os verdadeiros valores por coisas de somenos importância, como a iniquidade e a violência. As guerras mundiais são o resultados de uma civilização que se tem esquecido de CRISTO e que se tem deixa absorver pelo materialismo. Tomamos conhecimento que Charles Darwin chegou a confessar: "Minha mente parece ter-se tornado uma espécie de máquina de triturar leis gerais, extraindo-as de um grande acúmulo de fatos... a perda... é uma perda da felicidade, e mui provavelmente danifica o intelecto, e, mais provavelmente ainda, o caráter moral".

Portanto, é muito apropriada a expressão do texto. "ELES, PORÉM, NÃO SE IMPORTARAM", pois o sentido não é que os convidados tenham resistido ao convite, ou também zombado do mesmo (embora, historicamente falando, a nação de Israel também tenha feito isso); mas a indicação dada pela narrativa é simplesmente que eles não tinham tempo para refletir, por não se tratar de coisa que lhes parecesse importante. Não tinha o condão de alterar-lhes o rumo da vida. Não tinham desejo algum por uma inquirição espiritual mais profunda, porque as trivialidades da vida deixavam-nas perfeitamente satisfeitos. Quão moderna é essa atitude! Infelizmente, muitas formas de trivialidades têm infestado a igreja, pelo que geralmente é difícil aprofundar a inquirição espiritual mediante a frequência às igrejas.

A proximidade do reino vem sendo há muito tempo anunciado, cuja prenunciação, indica o valor da festa, as vantagens da aceitação do convite, e também as más consequências da rejeição a esse convite. Os mensageiros que proclamaram a mensagem foram muitos, porém, sua mensagem encontrou, e têm encontrado, ouvidos surdos, corações insensíveis e mentes sem sinceridade.

Portanto, "DEIXE O PERVERSO O SEU CAMINHO, O INIQUIO, OS SEUS PENSAMENTOS; CONVERTA-SE AO SENHOR, QUE SE COMPADECERÁ DELE, E VOLTE-SE PARA O NOSSO DEUS, PORQUE É RICO EM PERDOAR."(Isaías,55:7)

FONTES:

Bíblia Sagrada

Livro - N.T. Interpretado.

"O oposto da vida não é a morte, é a indiferença"

(Erik Wiesel)

Wil
Enviado por Wil em 18/11/2009
Código do texto: T1931004