CÂNTICOS em foco! - Ct1

O livro que passamos a analisar, não podemos deixar de assinalar, não tem uma interpretação simples, e sua aplicação para estes tempos da Igreja ficam ainda mais difíceis.

Muito mais do que retratado o amor de uma mulher pelo grande rei Salomão, a figura da sunamita ou sulamita fala mais apropriadamente da escolhida Israel como esposa do Senhor.

Os sentimentos descritos são profundos, os desejos intensos, mas busca desesperada e decepção também alcançam os dois amantes.

A linguagem figurada é típica da Israel sob castigo pelos seus pecados. Mas também demonstra o grande amor que Deus tem pela sua amada. Se a justiça divina é necessária de um lado, as mais ternas provas de amor e reconciliação são demonstradas a esta pequena nação.

Além dos dois personagens principais, entram neste drama outros três – as filhas de Jerusalém, as virgens e os guardas.

Vários símbolos habituais pelo texto da Escritura permeiam esta história de amor mal resolvido.

Quanto à fauna – éguas dos carros de Faraó, pomba, gazela, cabra, cervo, gamo, veado, ovelha, raposa, leão, leopardo, corvo.

Quanto à flora, poderíamos dividir em:

Lenhosa – cedro, cipreste, palmeira.

Comestível – maça, figo, romã, açafrão, canela, trigo, uva (vinha), noz (nogueira). E pelo menos 3 produtos derivados – mel, vinho e passas (um natural, dois artesanais).

Aromática – cálamo, mirra, nardo, rosa, lírio, bálsamo, aloés, hena.

Também há um rico veio mineral – ouro, prata, berilo, safira, mármore.

Muitas outras figuras são encontradas, mas estas já bastam para mostrar a riqueza dos detalhes, que só um olhar longo, constante e meticuloso podem decifrar.

Comentaremos sobre alguns deles em nossas próximas notas, conforme o Espírito do Senhor nos iluminar.