Juízes em foco! - Jz1

Juízes, como o próprio nome diz, percorre um período de julgamento – sombrio – da recém nação que se apossou da terra da Palestina, segundo vimos nas 7 notas anteriores no livro de Josué.

Israel agora vai administrar suas próprias necessidades físicas e espirituais.

Há duas marcas importantes que resumem bem a qualidade do serviço prestado à própria nação e ao seu Deus.

Primeiro, a frase constante que aparece logo no primeiro capítulo – “Manassés não expulsou os habitantes... Tampouco expulsou Efraim... Tampouco Zebulom... Aser... ...”

Contentaram-se em conseguir um lugarzinho ao sol, e desde que aquelas nações ‘teimavam’ em permanecer lá, o que fazer?!

Há outra frase terrível que aparece pelo menos duas vezes neste livro – “cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos”. Não se espante! Não se refere aos nossos dias! Já somam mais de 3 mil anos, mas parece que nada tem mudado, não?!

Os juízes vão se acumulando na eterna misericórdia do Senhor, quando a liberdade era interrompida pela nova negligência do povo. Seis períodos cíclicos são mencionados de libertação e escravidão, mas é bem provável que outros juízes e outros juízos se deflagraram sobre a nação.

E tenho que me adiantar um pouco no tempo. Estes seis períodos são seguidos depois pela entrada em cena de Samuel, o profeta (já no livro de I Samuel). Ele, podemos entender assim, seria o sétimo juiz (número interessante!) que libertaria a nação, não na qualidade de simples libertador, mas na qualidade de profeta que proclama a vontade do Senhor.

Porque todo o problema de Israel, bem como da Igreja hoje, é a negligência espiritual em cumprir a vontade do Senhor, vontade esta que passa sempre e invariavelmente pela Palavra de Deus escrita. Um bom exemplo disto é a descrição do tempo em que vivia Samuel.

“E o jovem Samuel servia ao SENHOR perante Eli; e a palavra do SENHOR era de muita valia naqueles dias; não havia visão manifesta” (1 Sm 3.1).

A Palavra escrita que eles tinham à disposição no seu tempo estava relegada a último plano, e não bastava simplesmente resolver a questão da opressão causada pelos inimigos, era preciso relembrar, condenar, conclamar o povo para ouvir e cumprir as palavras de Deus.

A Palavra de Deus escrita sempre foi e sempre será a única salvaguarda do povo de Deus.

Três mulheres se destacam neste cenário decadente – Débora, Jael e uma certa concubina sem nome. Elas demarcam bem o início e o fim de uma sociedade sem a soberania de Deus.

Este livro inicia com a menção da morte de Josué e finda com a sentença de que “cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos”.

Teremos oportunidade de comprovar o que dissemos acima nas nossas próximas 6 notas.