DESAGRAVO
Quisera ter o verbo fácil, a pena ágil
Para dizer ao Mundo quão grande e belo és
Para calar a voz dos que te caluniam
Dizendo que és covil de corruptos
Esquecendo-se de dizer que és o berço
De grandes homens,
Para dizer ao Mundo quão grande e belo és
Para calar a voz dos que te caluniam
Dizendo que és covil de corruptos
Esquecendo-se de dizer que és o berço
De grandes homens,
heróis,
sábios
santos
E uma multidão de trabalhadores anônimos que fazem a tua riqueza rural, industrial, econômica, cultural, etc.
E que tão generoso és que mesmo aos que
Te insultam não negas a beleza de tuas paisagens
A mansuetude de teu clima
E a fartura de tuas searas.
Que acolhes os que a ti aportam deixando longe seus corações
E abençoas os que te abandonam em busca de meros sonhos.
E, sobretudo, que perdoas os que não sabem o que dizem.